Lentes infravermelhas do dispositivo da agência fizeram o registro mais intenso da luminosidade ao redor do planeta
Saturno é o planeta mais exuberante do Sistema Solar por causa dos seus anéis feitos de gelo e detritos interplanetários. Há algum tempo, a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) descobriu que esses anéis podem refletir luminosidade e, em 2019, conseguiu capturá-los brilhando pela primeira vez em um registro do telescópio Hubble. Agora, em uma nova imagem divulgada pela agência, é possível ver essa luz de forma ainda mais intensa.
A foto foi capturada por lentes de infravermelho do telescópio James Webb — um dos mais modernos da atualidade — em 25 de junho. A divulgação aconteceu na sexta-feira (30). Além dos anéis luminosos de Saturno, é possível ver algumas das luas que circundam o planeta: Dione, Encelodus e Tethys.
“Saturno, em si, aparece extremamente escuro neste comprimento de onda infravermelha observado pelo telescópio, pois o gás metano absorve quase toda a luz solar que incide na atmosfera. No entanto, os anéis de gelo permanecem relativamente brilhantes, levando ao aparecimento incomum de Saturno na imagem do Webb”, explica a Nasa.
A captura inédita faz parte do programa Webb Guaranteed Time Observation 1247, que incluiu uma série de exposições profundas de Saturno, projetadas para testar a capacidade do telescópio de detectar luas fracas ao redor do planeta e seus anéis brilhantes.
“Quaisquer luas recém-descobertas podem ajudar os cientistas a montar uma imagem mais completa do sistema atual de Saturno, bem como de seu passado”, diz a Nasa. “Exposições adicionais mais profundas (não mostradas aqui) permitirão à equipe investigar alguns dos anéis mais fracos do planeta, não visíveis nesta imagem, incluindo o fino anel G e o difuso anel E.”
Os anéis de Saturno são constituídos por uma série de fragmentos rochosos e gelados. Essas partículas variam em tamanho: as menores são similares a um grão de areia e algumas são tão grandes quanto montanhas na Terra, segundo a Nasa.
TECNOLOGIA E CIÊNCIA | por Agência Estado