As alterações iminentes surgem em meio às investidas dos partidos de centro e centro-direita para ocuparem espaços no Planalto.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha planos de fazer uma reforma administrativa no primeiro escalão do Governo Federal. Apesar dos rumores, Dias citou mudanças pontuais já programadas.
Os ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Mucio, alegaram questões pessoais e não devem permanecer no cargo em 2025. As alterações iminentes surgem em meio às investidas dos partidos de centro e centro-direita para ocuparem espaços no Planalto.
Em entrevista à rádio Clube News, na tarde de segunda-feira (13), Wellington Dias afirmou que o planejamento político do presidente Lula consiste na estabilização do Governo no Congresso, evitando a barganha por cargos ministeriais. Para isso, o objetivo será intensificar os diálogos com os líderes partidários da Câmara e do Senado neste ano.
“Todos sabem que o presidente Lula foi eleito, mas eleito com a minoria no Congresso, principalmente na Câmara. O Senado tem uma base mais estabilizada, algo em torno de 51 senadores. Na Câmara, temos que alcançar a maioria para que nos dê um conforto”, explicou.
Relação harmônica
O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) devem se tornar os próximos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente, no mês de fevereiro. Um acordo envolvendo as duas Casas foi firmado para evitar uma disputa pelo cargo.
Alcolumbre e Motta, segundo Wellington Dias, são conhecidos do Governo e participaram da campanha de Lula em seus respectivos estados nas eleições de 2022. O senador piauiense atribuiu o atual momento de tensão ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A instabilidade é um perigo. Amplia a inflação, aumenta os juros e é ruim para o país. Estamos todos nessa missão para ter mais estabilidade. O presidente Davi Alcolumbre é alguém que já participou da eleição do presidente Lula no Amapá e o Hugo Motta, na Paraíba”, lembrou.
Eleições 2026
A estabilidade no Legislativo, na ótica de Wellington Dias, pavimenta a reeleição de Lula à presidência da República. A nomeação do publicitário Sidônio Palmeira, para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, evidencia a arquitetura feita pelo Governo para melhorar a imagem de Lula com vistas ao pleito de 2026.
“É claro que quem é Governo, inclusive marchando para 2026 que é ano de eleição, quer ter um conforto com condições de maioria em todos os estados. Hoje mesmo saíram pesquisas, colocando o presidente Lula na frente em vários cenários. É claro que não temos sapato alto. É preciso dialogar para que se tenha condições de melhorar a relação dentro do Congresso e com o povo”, disse.
Com informações do Clube News