Itaipu Binacional será responsável por viabilizar serviço de assistência técnica para apoiar as famílias na elaboração de projeto produtivo, enquanto o ministério disponibilizará recurso financeiro
Durante evento de comemoração pela criação oficial do Assentamento Emiliano Zapata – que tem mais de 20 anos de história e de luta pela reforma agrária –, em Ponta Grossa (PR), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) anunciou parceria a ser firmada com Itaipu Binacional para a inclusão de até 2,5 mil famílias paranaenses no Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais.
O Programa do MDS, também conhecido como Fomento Rural, combina duas ações: acompanhamento social e produtivo e transferência direta de recursos financeiros não-reembolsáveis, no valor de R$ 4,6 mil por família, para que as famílias rurais mais pobres desenvolvam seus projetos produtivos.
O anúncio foi feito pelo ministro Wellington Dias em conjunto com o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri. Caberá à Itaipu Binacional a viabilização do serviço de assistência técnica para apoiar as famílias na elaboração de projeto produtivo e ao MDS a disponibilização do recurso financeiro para apoiar a implementação do projeto.
Para o ministro Wellington Dias, é preciso celebrar cada conquista dos assentados da reforma agrária e, também, aproveitando incentivos governamentais disponíveis, melhorar a produção e a distribuição dos alimentos saudáveis. Estudo do Instituto Fome Zero mostra que, no primeiro ano do governo Lula, 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país.Foto: Roberta Aline/ MDS“O Brasil é devedor do acampamento Emiliano Zapata. Podem nos cobrar. Temos de cuidar para não perder mais tempo. Vamos trazer as políticas públicas para dentro do assentamento para garantir agilidade na liberação de projetos e financiamentos. Parcerias para garantir assessoria técnica, inclusão produtiva, estruturação de centrais de comercialização”, defendeu o ministro.
Com o Fomento Rural, as famílias beneficiárias poderão se estruturar ou ampliar sua capacidade produtiva, aumentando ou diversificando a produção de alimentos e as atividades geradoras de renda, contribuindo para a melhoria da segurança alimentar e nutricional e a superação da situação de pobreza.
No evento, também foram assinadas outras parcerias com o Banco do Brasil, tanto para os assentados quanto para a cooperativa do assentamento que trabalha o transporte e a entrega dos alimentos produzidos pelas famílias na comunidade. Cenoura, beterraba, brócolis, cheiro verde, milho, feijão e arroz são produzidos no local e entregues semanalmente nas escolas da região para a merenda escolar.
A comemoração continuou com várias atividades culturais, música e uma Feira da Reforma Agrária com alimentos agroecológicos do assentamento e de outras comunidades do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e da Economia Solidária, com participação da Feira Permanente da Economia Popular Solidária e da Associação das Feirantes da Economia Solidária dos Campos Gerais.
Este será o segundo acampamento do MST a ser efetivado como assentamento no Paraná durante este terceiro mandato do presidente Lula. Mais de 80 comunidades – são cerca de sete mil famílias acampadas no Paraná – ainda aguardam a conquista definitiva da posse da terra.
Assessoria de Comunicação – MDS