Celso de Mello rejeita notícia-crime contra ‘pensão’ anunciada por Sérgio Moro

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

A ação foi movida por um advogado que vislumbrou a confissão do crime quando Moro disse, ao sair do governo, que havia solicitado uma ‘pensão’ a sua família quase lhe acontecesse algo no cargo.

O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, negou seguimento e arquivou notícia-crime apresentada contra o ex-ministro Sérgio Moro por corrupção passiva. A ação foi movida por um advogado que vislumbrou a confissão do crime quando Moro disse, ao sair do governo, que havia solicitado uma ‘pensão’ a sua família quase lhe acontecesse algo no cargo.

Celso de Mello – Foto Sérgio Lima

O decano apontou que o advogado sequer apresentou ‘qualquer documento que dê suporte mínimo’ à acusação. Além disso, por ter deixado o governo, Moro não detém mais foro privilegiado, o que torna o Supremo sem competência para avaliar o caso.

“Sendo assim, em face das razões expostas, e tendo em consideração notadamente a questão prévia da falta de competência originária do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ‘notitia criminis’ restando prejudicado, em consequência, o exame do pedido formulado pelo ora noticiante”, apontou Celso de Mello.

A declaração de Moro sobre ‘pensão’ aos seus familiares foi dita em pronunciamento no dia 24 de abril, quando deixou o governo Bolsonaro acusando o presidente de interferir politicamente na Polícia Federal. Por ter deixado a magistratura, o ex-ministro não tinha direito aos 22 anos de contribuição previdenciária que acumulou na Justiça Federal.

“Pedi apenas que, já que nós íamos ser firmes contra a criminalidade, especialmente a criminalidade organizada, que é muito poderosa, que se algo me acontecesse, pedi que a minha família não ficasse desamparada sem uma pensão. Foi a única condição que eu coloquei para assumir essa posição específica no Ministério da Justiça”.

Ao Estadão, Moro afirmou que o pedido foi feito após ser convidado a ingressar no governo Bolsonaro e se tratava de ‘uma solicitação genérica de pensão’ para sua família ‘caso fosse assassinado no combate ao crime organizado’. O ex-ministro diz que a ‘concessão dependeria de lei nova’.

Fonte: Estadão Conteúdo

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Jesse James e Hélvia Almeida divulgam programação de posse para 1º de janeiro em Guadalupe

Por Gleison Fernandes - Jornalismo da UCA. O prefeito eleito de Guadalupe, Jesse James, e sua vice, Hélvia Almeida, anunciaram...

Discussão entre irmãos termina em morte na noite de Natal em Guadalupe, detalha Tenente Morais

Por Gleison Fernandes - Jornalismo da UCA. Na noite de Natal, por volta das 23h10 do dia 25 de dezembro,...

PMPI comemora o sucesso da 1ª fase da instalação do novo sistema de radiocomunicação; 600 viaturas contam com o novo serviço

Teresina e toda a área litorânea do estado já contam com o serviço. Agora, a corporação se prepara para...

Júnior Nato destaca avanços em Jerumenha e projeta novos desafios para o próximo mandato

Por Gleison Fernandes - Jornalismo da UCA. O prefeito reeleito de Jerumenha, Júnior Nato, concedeu entrevista ao Portal Cidade Luz,...
spot_img

“Elevação da carga tributária vai melhorar serviços”, diz Secretário de Fazenda do Piauí

A Alepi aprovou o aumento do ICMS do Piauí de 21% para 22,5% O secretário de Fazenda do Piauí, Emílio...

Rádios comunitárias ganham mais tempo para apresentar propostas em 795 municípios do Brasil

O Ministério das Comunicações prorrogou até o dia 14 de março de 2025 o prazo para que fundações e...
spot_img

Posts Recomendados