Niudete trabalha em vários pontos da cidade e viu seu negócio crescer ao longo de oito anos.
O dindin gourmet é uma iguaria que gera renda a muitas pessoas no Piauí. Com o intenso calor durante quase todo o ano, a população sempre está em busca desta delícia gelada, cuja versatilidade permite empreendedores criarem sabores para vender e, assim, garantir o sustento da família.
Apesar de muitos considerarem apenas uma renda extra, há pessoas que transformaram a venda do dindin em um trabalho lucrativo. A manicure Niudete Araújo, de 44 anos, investiu no negócio há oito anos, quando ficou desempregada.
Por incentivo de uma amiga, ela foi vender seus produtos na praia. Após a primeira experiência, a empreendedora deixou os salões de beleza e transformou a orla de Luís Correia em seu novo ambiente de trabalho.
“No começo, minha amiga me ensinou alguns sabores e depois eu fui testando por conta própria. Eu costumava levar uma caixa de isopor com 100 dindins e conseguia vender tudo muito rápido. Então, passei a aumentar a quantidade e os clientes se acostumaram a comprar muitas unidades”, disse.
Mas uma caixa de isopor foi insuficiente para caber os sonhos da empreendedora. Niudete também percebeu que a praia não poderia ser o seu único local de vendas e, por esta razão, ela decidiu expandir seu negócio.
EXPANSÃO
Niudete é uma das empreendedoras mais conhecidas de Luís Correia. Além de trabalhar em praias movimentadas, como Atalaia e Peito de Moça, também participa de feiras de empreendedorismo e vende em praças e demais locais públicos da cidade.
Ela investiu bastante na identidade visual da sua empresa. Criou logomarca, comprou cabines, investiu em publicações nas redes sociais e até personalizou uma bicicleta para vender suas delícias. Com tamanha ascensão, a empresária é solicitada para trabalhar em festas e eventos.
“Vendo muito na orla da cidade, mas também sou chamada para atender em aniversários, batizados e outros eventos. Felizmente, meu negócio prosperou”, afirmou.
A empreendedora conta com a ajuda da filha Nyara, de 17 anos, para a produção e venda dos dindins.
SUPERAÇÃO E CONQUISTAS
Por vender em locais públicos, a empreendedora não se sentiu acolhida em muitas situações. “Acredito que deveria existir consciência e empatia por parte das pessoas. Afinal, vou para trabalhar e isso é algo que não deveria incomodar ninguém”, declarou.
Apesar de algumas situações constrangedoras, Niudete não desistiu. Pelo contrário, ela persistiu e conquistou o reconhecimento de muitos clientes.
Conforme a empresária, vender dindins possibilitou a realização de um dos seus maiores objetivos de vida. “Esse trabalho ajudou a comprar minha casa, que antes eu nem imaginava que iria conseguir, e adquiri alguns móveis para ela também. E eu ainda conheci várias pessoas e saí do desemprego”, relatou.
APOIO AO EMPREENDEDORISMO
Por fim, a vendedora destacou a importância do poder público municipal à expansão do seu negócio. Ela afirma que participar de feiras e eventos da cidade contribuem para a divulgação do seu trabalho.
“Considero que eu recebo o devido apoio, principalmente do departamento de cultura. E, de modo geral, as pessoas estão me recebendo de forma inclusiva”, pontuou.
Com informações do Clube News