Pressione Enter e depois Control mais Ponto para Audio

Evite a automedicação e busque informações seguras contra a dengue e chikungunya

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Ministério da Saúde alerta para os riscos de tratamentos caseiros ou uso de medicamentos sem orientação de um profissional de saúde. Guia sobre manejo clínico lançado pela pasta é referência no assunto

Consumir medicamentos sem prescrição médica é uma prática comum no Brasil, no entanto, o uso indevido de medicamentos pode causar problemas graves de saúde. E, no caso da dengue e chikungunya, a população precisa se conscientizar desse perigo. 

A automedicação pode causar reações graves, hemorragias e inclusive, se a dengue ou chikungunya não forem tratadas adequadamente, podem levar o paciente ao óbito. O ideal é procurar por uma unidade de saúde assim que aparecem os primeiros sintomas, entre eles a febre. Porém, muitos doentes acabam se automedicando em casa para aliviar o mal-estar, sem saber que alguns medicamentos comumente usados sem prescrição médica para tratar um simples resfriado, podem ter um efeito contrário se o indivíduo estiver com dengue. 

Divulgação

Além disso, os anti-inflamatórios como o ácido acetilsalicílico, o ibuprofeno, a nimesulida, o diclofenaco, e os corticoides devem ser evitados. Os anti-inflamatórios, principalmente o ácido acetilsalicílico, aumentam o risco de sangramento e diminuem a capacidade de coagular o sangue. Uma vez consumidos, esses medicamentos podem agravar muito a situação da doença.

Outro ponto de atenção é a utilização de tratamentos alternativos como os remédios caseiros. Embora algumas pessoas recorram a esses métodos na esperança de aliviar os sintomas, os especialistas alertam para os riscos associados a essa abordagem. Não existem soluções mágicas para curar a dengue, mas ainda é comum a ingestão de sucos e chás feitos a partir de frutas ou de plantas como boldo, inhame, cana-de-açúcar e limão como um atenuante contra os sintomas da doença. Contudo, não há evidências científicas que respaldam a eficácia desses métodos.

Publicação traz orientações 

Vale lembrar que há 20 anos o Ministério da Saúde lançou a primeira edição do documento Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adultos e criança e o material se consolidou como instrumento auxiliar da prática clínica, baseada em evidências científicas. 

Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, toda a conduta recomendada pela pasta consta no guia de manejo. “Ele se baseia em evidências científicas robustas. Além de endossar o compromisso com a qualidade técnica dos diagnósticos, também tem o intuito de auxiliar profissionais de saúde no atendimento adequado aos pacientes com dengue, reduzindo o agravamento da comorbidade e evitando óbitos”, explica. 

A partir do trabalho articulado das áreas técnicas do ministério, instituições e especialistas, o material tem apoiado profissionais da saúde. O conteúdo foi atualizado a partir de revisões da literatura recente, de diretrizes publicadas pela Organização Mundial da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde (OMS/Opas) e pela pasta, além da expertise acumulada do Brasil no enfrentamento às epidemias de dengue ao longo das últimas quatro décadas. A publicação tem mais de 70 páginas e é também um importante guia explicativo sobre a doença.

A edição atual enfatiza a importância dos grupos de riscos, incorporando outras comorbidades e, em especial, destaca os idosos como grupo de maior vulnerabilidade. Além disso, foram revisadas as orientações sobre a hidratação intravenosa, o manejo em adultos cardiopatas e as orientações em usuários de anticoagulantes e antiagregantes. Por fim, incrementou o diagnóstico diferencial de dengue em relação à chikungunya, zika e outras doenças. 

Sobre o tratamento

É preciso reforçar que o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos. Por isso, conforme orientação médica, deve-se realizar:

  • Repouso;
  • Ingestão de líquidos;
  • Para dor ou febre, usar somente dipirona ou paracetamol com base na orientação de um profissional de saúde;
  • Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
  • Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica. 
Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
Acompanhe nossa coluna no Portal Cidade Luz e fique por dentro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Motorista é preso em Floriano com teor alcoólico 30 vezes acima do permitido

Teste de etilômetro constatou teor de 1,22 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões; máximo permitido...

Hoje é Dia destaca a alfabetização de pessoas com deficiência auditiva

Confira os destaques da semana entre 20 e 26 de abril. A semana é bem diversa, com efemérides que vão...

Aluno autista é agredido por professora em escola pública e prefeitura é condenada a indenizar

Caso ocorreu em agosto de 2022; laudo pericial e testemunhas foram cruciais para decisão da Justiça O Tribunal de Justiça de...

Papa apela a cessar-fogo em Gaza e paz na Ucrânia

Francisco apareceu neste domingo no Vaticano na bênção Urbi et Orbi O papa Francisco apareceu neste domingo (20) no Vaticano...
spot_img

Em Floriano, homem é preso após dirigir embriagado na BR 343

Ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Floriano para os procedimentos legais. Um homem de 49 anos, ainda...

Projeto na Câmara dos Deputados institui programa de acolhimento de mães atípicas

Proposta está em análise na Câmara dos Deputados. O Projeto de Lei 1018/25, do deputado Duarte Jr. (PSB-MA), institui o...
spot_img

Posts Recomendados