Nomofobia: o medo de ficar sem celular e seus efeitos em crianças e adolescentes

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O transtorno pode afetar principalmente crianças e adolescentes.

Muitas pessoas extrapolam o tempo de uso dos celulares e quando ficam longe do aparelho acabam sentindo sintomas, como ansiedade e angústia. Em casos assim, o vício de celular pode ser caracterizado como nomofobia.

O médico neurologista Joniel Soares explica que esse problema pode ser considero um distúrbio, uma vez que atrapalha o dia-a-dia das pessoas afetadas.

“A nomofobia é um distúrbio caracterizado por uma sensação de ansiedade, de mal-estar, preocupação e desconforto por não estar tendo acesso a dispositivos eletrônicos, em especial ao celular”, pontua.

Além de adultos, cada vez mais cedo crianças e adolescentes têm acesso às telas. O neurologista explica que as crianças são as mais afetadas, pois não tem a maturidade para dosar o uso.

“Há uma lista de complicações que podem acontecer em crianças pelo uso excessivo de telas: atraso de linguagem, dificuldade de interação social, prejuízo na concentração, prejuízo no sono, aumento da ansiedade, irritabilidade, sobrepeso. As crianças são mais suscetíveis a nomofobia”, destaca o médico.

O influencer Geofre Soares administra cerca de dez perfis nas redes sociais e precisa usar bastante a internet todos os dias como trabalho.

“Eu utilizo o celular de forma muito frequente. Seja falando com clientes ou falando com seguidores das redes sociais. Eu tento policiar o horário que eu utilizo para conversar e para olhar o celular daquele tempo que você está sem fazer nada”, conta.

Geofre conta que, para fugir do uso das telas, começou a escrever todas as suas tarefas diárias em post-its. Sobre isso, o psicólogo Valdimir Lima pontua que essas táticas podem ser aderidas para colocar limites no uso das redes sociais.

“O celular te conecta com um mundo virtual. Mas, quanto mais atividades no mundo real, menos você vai ter dependência desse mundo virtual. O telefone faz muitas coisas, mas ele não abraça, não conversa olhando no olho. Precisamos de interação humana”, conclui.

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

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