Os dados levarão em consideração as mudanças climáticas e pesquisas institucionais, utilizando o intervalo de 20 anos do histórico de queimadas no estado.
O Governo do Piauí, através da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), desenvolveu um protótipo de inteligência artificial (I.A.), que já está sendo treinado para analisar os dados coletados de possíveis focos de incêndio.
Segundo a Sara Cardoso, coordenadora da Sala de Monitoramento da Semarh, os dados levarão em consideração as mudanças climáticas e pesquisas institucionais, utilizando o intervalo de 20 anos do histórico de queimadas no estado. A tecnologia facilitará o acionamento das brigadas municipais e do Corpo de Bombeiros antes do fato acontecer.
“A priori, será de uso interno, depois de calibrado os dados e aprimorada a tecnologia com análises assertivas, será de livre acesso”, destaca.
O protótipo desenvolvido pela Diretoria de Sistemas e Tecnologia da Informação da Semarh, segundo a equipe, utilizará o histórico do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e do Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas) do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para detectar ameaças, confirmar incêndios, precisar o local e informar às brigadas e Corpo de Bombeiros em tempo real, acelerando as ações de combate ao fogo.
A coordenadora da Sala de Monitoramento ressalta ainda que a Semarh também utiliza dados do Programa Brasil Mais da Polícia Federal, que possibilita o acesso a imagens de satélite em tempo real. “Por meio da plataforma, é possível verificar quando começou um incêndio, o ponto de início, agilizando a fiscalização e as investigações”, explica Sara.
Por meio da Sala de Monitoramento, a Semarh emite Boletim de Incêndios Florestais no Piauí, com um quantitativo diário de focos de calor e de focos de fogo.