Nascida na cidade gaúcha de São Francisco de Assis, a freira Inah Canabarro Lucas tem 116 anos.
A gaúcha Inah Canabarro Lucas se tornou a pessoa mais velha no mundo, de acordo com o site da LongeviQuest, grupo de pesquisadores que afirma ser referência no monitoramento e no mapeamento de supercentenários pelo mundo (saiba mais abaixo). Ela nasceu em 8 de junho de 1908 na cidade de São Francisco de Assis, na Região Central do RS – tem 116 anos.
O primeiro lugar foi ocupado pela japonesa Tomiko Itooka até 29 de dezembro de 2024, quando faleceu aos 116 anos. O anúncio ocorreu neste sábado (4) e foi feito pela prefeitura da cidade onde ela residia, Ashiya (saiba mais sobre ela abaixo).
Inah vive na casa da Congregação Irmãs Teresianas do Brasil, em Porto Alegre e adora sua rotina — Em 1º de outubro de 2024, quando é celebrado o dia do idoso, levou com bom humor quando foi perguntada sobre a sua idade. “Poucos anos. 116”.
Inah Canabarro Lucas, mulher mais velha do mundo — Foto: LongeviQuest/Reprodução
Em entrevista ao “Bom Dia Rio Grande”, familiares e amigos que convivem com Inah contaram para a repórter Cristine Gallisa que ela não escuta nem enxerga tão bem, mas que gosta de manter sua rotina diariamente — mesmo horário para acordar, comer, dormir e rezar.
O segredo da longevidade?
“Eu acho que uma determinação de vida e de dedicação aos outros. E à espiritualidade”, disse Cleber Vieira Canabarro Lucas, sobrinho da religiosa, ao “Bom Dia Rio Grande”.
Quem era a pessoa mais velha do mundo
A japonesa Tomiko Itooka era um mês mais velha que Inah.
Tomiko praticava vôlei na escola, trabalhou em uma fábrica têxtil na Coreia do Sul e teve duas filhas e dois filhos, segundo o GRG. Ela tinha gosto por escalar montanhas e até mesmo escalou o Monte Ontake (altitude 3 mil metros) duas vezes, de acordo com a imprensa internacional.
A LongeviQuest é uma organização com mais de 110 anos de pesquisas na área da longevidade. Ela afirma ser referência no monitoramento e no mapeamento de supercentenários pelo globo e é formada por pesquisadores de todo o mundo. Tem como parceira a European Supercentenarian Organisation (ESO). Hoje, dois pesquisadores ligados ao Brasil fazem parte: a brasileira Iara Souza e o americano Gabriel Ainsworth.
Interessados em terem a validação do grupo precisam submeter documentos para avaliação.
Para ser elegível, o supercentenário precisa ter, no mínimo, 108 anos, e passar por uma primeira análise que é feita por um pesquisador vinculado ou por uma organização credenciada ao LongeviQuest. Depois disso, precisa encaminhar ao órgão documentos de diferentes períodos da vida: infância, juventude, fase adulta e velhice.
Por g1 RS