Brasil fica em último lugar em ranking de competitividade industrial da CNI

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Com nota média de 3,6 em uma escala de 0 a 10, o Brasil foi superado por nações como Peru e Colômbia.

Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que o Brasil ocupa a última colocação entre 18 países no ranking de competitividade industrial. Intitulado Competitividade Brasil — 2023/2024, o levantamento avalia o desempenho do país em comparação com economias semelhantes em termos de produção e mercados de importação e exportação.

Com nota média de 3,6 em uma escala de 0 a 10, o Brasil foi superado por nações como Peru, Colômbia e Argentina. O relatório aponta que fatores como a elevada taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano, e as deficiências no sistema educacional são entraves importantes à competitividade e à inovação no país.

Ambiente econômico e sistema tributário

Entre os oito fatores principais analisados, o ambiente econômico foi o mais crítico para o Brasil, que ficou em 18º lugar. O sistema tributário brasileiro foi classificado como o 17º pior do ranking, com destaque negativo para a complexidade fiscal e as elevadas alíquotas sobre a renda corporativa.

Educação e desenvolvimento humano

O desempenho em educação também foi considerado frágil. O país ficou em 16º lugar no ensino básico e em 17º nas áreas de ensino técnico e superior, com base em dados do Pisa e nos níveis de investimento público no setor.

No quesito desenvolvimento humano e trabalho, o Brasil registrou um dos piores desempenhos: ficou em 16º lugar em desigualdade de gênero e em último lugar em desigualdade de renda.

Destaque em descarbonização e segurança

Apesar do cenário geral negativo, o país obteve bons resultados em áreas específicas. No fator “baixo carbono e recursos naturais”, o Brasil conquistou o segundo lugar, impulsionado pelo uso de energia renovável e pela baixa emissão de gases do efeito estufa. No entanto, ainda enfrenta desafios em eficiência energética (12ª posição) e economia circular (17ª).

Outro ponto positivo foi a colocação em segurança pública e defesa do Estado, em que o Brasil aparece em segundo lugar, principalmente devido ao impacto econômico da violência per capita.

Estudo ampliado

Publicado desde 2010, o estudo da CNI passou a considerar, nesta edição, países com mercados e estruturas econômicas semelhantes ao Brasil. A análise abrange mais de 20 subfatores, fornecendo um panorama abrangente dos desafios enfrentados pela indústria brasileira para se tornar mais competitiva em nível global.

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

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