A campanha de Jair Bolsonaro vai fazer uma varredura no palanque que o presidente vai subir, em Copacabana, para evitar que seja instalada qualquer faixa de ataque ao STF ou aos seus ministros ou até mesmo mensagens de pedidos de intervenção militar nos arredores de onde o mandatário for percorrer.
Há uma preocupação na comunicação da campanha em proteger a imagem de Bolsonaro, impedindo que ele seja fotografado ou filmado ao lado de mensagens consideradas antidemocráticas que podem trazer desgaste ao processo eleitoral e também resultar em um aumento de rejeição dele nas urnas.
O entorno do presidente tem repetido que as manifestações do feriado da Pátria têm sido organizadas por movimentos individualizados e não coordenados.
A expectativa é de que o presidente também modere o tom do discurso, a despeito do “vagabundo” que escapuliu no sábado ao se referir a Alexandre de Moraes, do STF. Essa é, ressalte-se o desejo da ala política que, no entanto, admite o óbvio: Bolsonaro é incontrolável.
O entorno de Bolsonaro espera que os ataques fiquem a cargo dos aliados, como o pastor Silas Malafaia, que já avisou que não poupará ninguém em seu efusivo discurso.
Por Lauro Jardim/ O GLOBO