Denominada Chang’e-5, expedição será a primeira a trazer rochas do satélite natural em mais de quatro décadas, caso seja bem-sucedida.
A China lançou nesta segunda (23/11), uma missão espacial que será a primeira a coletar amostras da Lua em mais de quatro décadas.
Denominada Chang’e-5, a missão é o passo final de um ambicioso programa espacial chinês, que prevê uma estação de pesquisa lunar e até uma colônia humana no satélite natural por volta de 2030.
O lançamento do foguete Longa Marcha 5 foi transmitido ao vivo pela mídia estatal, direto do Centro Espacial de Wenchang, na ilha de Hainan, no sul do país. Em geral, a China costuma manter sigilo a respeito de operações como essa até que o esteja em órbita. Por isso, a divulgação do episódio é vista como um sinal de confiança em seu programa espacial.
Se a missão for bem-sucedida, a China será a terceira nação a trazer rochas lunares de volta à Terra. Até agora, apenas os Estados Unidos e a União Soviética (URSS) conseguiram essa façanha. As amostras contribuíram bastante para a compreender a evolução do sistema solar.
O objetivo da Chang’e-5 é coletar mais de dois quilos de material lunar, o que não acontece desde 1976. Tal década foi marcada pelas expedições Luna, da URSS, e Apollo, conduzida pela agência espacial norte-americana (NASA).
A sonda chinesa está prevista para pousar na planície vulcânica Mons Rumker. De acordo com os cientistas, as amostras capturadas dessa região tendem a oferecer uma parte mais jovem da Lua, ao contrário das missões anteriores, que exploraram áreas com mais de três bilhões de anos.
A expectativa é que as rochas trazidas possam aprimorar uma técnica de contagem de crateras, usada para estimar idades de superfícies geológicas, planetas e asteroides em todo o sistema solar.
A missão na Lua está programada para durar cerca de duas semanas. Segundo o cronograma, a amostra é esperada na região da Mongólia Interior, na China, em meados de dezembro.
Embora tenha largado bem atrás de EUA e URSS, a China experimentou um progresso nos últimos anos que a credencia como um dos países de elite entre os que se aventuram no espaço.
Com informações da Época