No final de semana, permanece como o decreto vigente, com os lockdowns parciais, em funcionamento apenas os serviços essenciais.
O Governo do Piauí, através do Centro de Operações Emergenciais (COE) ampliado da Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI), se reuniu nesta quarta-feira (03) para tomar novas medidas de contenção da Covid-19, diante da alta do vírus no estado e da iminência do colapso da rede de saúde.

Na reunião com o governador Wellington Dias, que durou cerca de 3 horas e meia, ficou definido a mudança no toque de recolher durante a semana, que prevalecerá a partir das 22 horas até às 5 horas da manhã. No final de semana, permanece como o decreto vigente, com os lockdowns parciais, com funcionamento apenas dos serviços essenciais. As mudanças valerão até o dia 15 de março.
“Aprovamos agora ampliar restrições em relação ao que tinha. Ou seja, o que nós estamos apresentando é um decreto prorrogando as medidas que já estavam em vigor e vão continuar até amanhã, a partir das 00 horas de quinta para sexta. A parte do comércio mantém até as 17 horas e restaurantes, bares, shoppings até as 21 horas. Porque a partir de quinta para sexta e até segunda-feira, 5 da manhã, do dia 15 de março, nós teremos o toque de recolher no final de semana e a partir deste final de semana e o outro, no dia 13 e 14, nós vamos ter na semana, o limite que era até 23 horas, agora será às 22 horas”, explicou.
O líder do executivo estadual já havia adiantado a possibilidade de restringir o comércio e atividades sociais caso as medidas adotadas nos últimos dias, como o toque de recolher e o lockdown parcial no final de semana, não conseguissem reduzir os novos casos e mortes por Covid-19 no Piauí. Além disso, em suas redes sociais, ele declarou que o Brasil está à beira de um colapso nacional, pois em diferente dos colapsos de Manaus (AM), Maranhão e Ceará, os estados não têm mais condições de receber mais pacientes dos vizinhos.
“Só funcionará o que é estritamente necessário. Nós tivemos uma situação em que as medidas que adotamos, tivemos uma estabilização. Elas começaram a surtir efeito e parar um crescimento acelerado. Nós esperamos fazer a curva descer. Reduzir transmissibilidade, fazer com que tenhamos a redução de internações e óbitos. Para que a gente possa, em um patamar mais baixo, a gente poder acelerar a vacina. Temos mais vacinas agora, como acertamos com o governo federal, que anunciou o contrato com a Pfizer. Agora em março queremos alcançar 20 milhões de brasileiros vacinados, no Piauí queremos descer pra 70 e 60. Até abril queremos vacinar o grupo de maior risco”, completa.