Na Assembleia, Teresa Brito também ressaltou os problemas da Maternidade Evangelina Rosa.
Nesta terça-feira (20), a deputada estadual e presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Piauí, Teresa Britto (PV), usou a tribuna da Casa para cobrar do Governo do Estado o repasse do cofinanciamento da Atenção Primária e dos Hospitais de Pequeno Porte (HPP) geridos pelos municípios.
A parlamentar participou de evento com mais de 70 prefeitos, na Associação Piauiense de Municípios (APPM), onde ouviu os relatos dos gestores municipais sobre as dificuldades causadas pelo atraso dos pagamentos.
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“Um grande absurdo. Temos, como exemplo, o município de Santo Inácio, onde o repasse de R$ 8 mil mensais, que deve ser feito pelo Governo do Estado, está atrasado. Um dinheiro que ajuda no custeio de atenção básica, como a compra de medicamentos. A queixa pela situação precária e atrasos foi geral, inclusive do próprio partido do governador do Piauí”, afirma Teresa.
De acordo com a deputada, seis Prefeituras do Piauí entraram na justiça para receber os recursos atrasados do cofinanciamento. “Em Batalha e Palmeirais, já são R$ 2 milhões que o Estado deve aos municípios. Não dá mais para deixar pessoas doentes morrerem por falta de medicamento e atendimento médico. É o cúmulo do absurdo. Vamos continuar com as nossas vistorias e já temos uma agenda preparada para este próximo final de semana, em municípios que recebemos denúncias da população pela situação triste dos hospitais”, diz a deputada Teresa Britto.
No discurso, a deputada mencionou que os atrasos chegam a 31 meses, com os pequenos hospitais funcionando de forma precária e acumulando dívidas com fornecedores, prestadores de serviço e na aquisição de medicamentos. “Propomos que não se deve reduzir nenhum centavo de repasse para os municípios, até porque o recurso do cofinanciamento já é mínimo”, comenta.
A deputada Teresa Britto finalizou seu pronunciamento relatando sua indignação com a saúde do Piauí e pela morte de uma jovem, de 14 anos de idade, que deu entrada no Hospital do Satélite e foi transferida para a maternidade Dona Evangelina Rosa, já diagnosticada com princípio de eclâmpsia, que é a ocorrência de convulsões na gestante. “Deixaram a paciente entregue aos residentes e depois de quatro dias tiraram o bebê dessa paciente, que veio a óbito junto com a criança, no local. O caso da maternidade está muito grave. É caso de polícia”, defende Teresa Britto.