Em Brasília, Lula faz reuniões sobre PEC da Transição e formação do futuro ministério

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Governo eleito quer aprovar PEC para pagar Auxílio Brasil de R$ 600; texto foi incluído na pauta de votações do Senado desta semana. Agenda também prevê encontro com conselheiro de Biden.

De volta a Brasília, o presidente eleito Lula (PT) fará uma série de reuniões nesta segunda-feira (5) e ao longo dos próximos dias para discutir a proposta conhecida como PEC da Transição e a formação do futuro governo.

O governo eleito aposta na aprovação da PEC para garantir o pagamento de R$ 600 mensais do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família). Entre outros pontos, a proposta autoriza o governo a gastar no ano que vem R$ 198 bilhões fora do teto, valor considerado alto pelos analistas do mercado pois eleva a dívida pública e gera incertezas sobre as contas públicas.

A PEC foi incluída na pauta de votações do Senado desta semana. A expectativa é que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reúna ainda nesta segunda com parlamentares para discutir a análise da proposta.

Presidente eleito Lula concede entrevista coletiva em Brasília — Foto: Reprodução

“Bom dia. Começamos mais uma semana de reuniões em Brasília. Temos o compromisso de fazer o país voltar a crescer e para isso vamos conversar com todos. Bora trabalhar e boa semana para todos”, publicou Lula em uma rede social.
Há também a expectativa de que Lula dedique parte das reuniões à discussão sobre a formação do novo governo.

O colunista do g1 Valdo Cruz informou que alguns nomes já começam a ser cotados para alguns ministérios, entre os quais Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda; Rui Costa para a Casa Civil; Marina Silva para o Meio Ambiente; e José Múcio Monteiro para o Ministério da Defesa.

Lula, porém, já declarou que só anuncia os nomes dos futuros ministros após a cerimônia de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcada para o próximo dia 12.

Pela manhã, Haddad esteve no hotel de Lula. Questionado se iria se reunir com o presidente eleito, Haddad disse que sim. Indagado, então, se o tema da reunião seriam assuntos econômicos, respondeu: “Estou tratando disso com ele.”

Conselheiro de Biden

De acordo com o governo dos Estados Unidos, o conselheiro de segurança do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, se encontrará nesta segunda-feira com Lula. Há a expectativa que o senador Jaques Wagner (PT-BA) também participe.

Além disso, Sullivan também terá uma reunião com o secretário de Assuntos Estratégicos do governo Jair Bolsonaro, Flávio Rocha.

Em nota, o governo americano informou que o conselheiro de Biden discutirá a relação entre os países e formas de trabalho conjunto em áreas como segurança alimentar, inclusão, migrações, democracia e combate à mudança climática.

A nota também relatou que os encontros sucedem a ligação que Biden fez a Lula após a vitória na eleição, na qual o líder americano se comprometeu a manter canais de comunicação abertos durante a transição de governo.

PEC da Transição

Lula e equipe se dedicarão à tentativa de aprovar ainda nesta semana, no Senado, a PEC da Transição.

A proposta precisa ser analisada pela Comissão de Constituição e pelo plenário da Casa para poder ser analisada pelos deputados federais. O texto já está na pauta de votações.

Lula afirmou na sexta-feira (2) esperar que o Congresso aprove a proposta conforme o texto apresentado pelo governo eleito, mas acrescentou que aceita negociar com os parlamentares.

Entre outros pontos, a PEC prevê que as despesas com o Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) ficarão fora do teto de gastos. O governo eleito argumenta que a medida é necessária para garantir, por exemplo, o pagamento de R$ 600 mensais uma vez que a proposta de Orçamento do governo Jair Bolsonaro prevê R$ 405.

A PEC prevê que o governo poderá estourar o teto de gastos em R$ 198 bilhões no ano que vem, mas economistas alertam que o montante proposto eleva a dívida pública e gera incertezas sobre o futuro da economia e das contas públicas.

Paralelamente à proposta do governo, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou uma proposta que eleva o teto de gastos em R$ 80 bilhões no ano que vem. Tasso argumenta que o valor garante os R$ 600 do Auxílio Brasil e permite a recomposição do Orçamento da União.

Por Guilherme Mazui, g1 — Brasília

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
Acompanhe nossa coluna no Portal Cidade Luz e fique por dentro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Confira o passo a passo de como renovar a matrícula na rede estadual de ensino do Piauí para 2025

O processo é 100% digital e foi desenvolvido para garantir praticidade e acessibilidade aos alunos e seus responsáveis. O período...

Defesa Civil emite alerta para chuvas intensas no Piauí nesta segunda (25)

A previsão é de chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h),...

Quatro cidades do Piauí receberão verba milionária do Novo PAC para gestão do lixo

O ministério da Casa Civil divulgou a lista de projetos vencedores dentro do novo PAC - Seleções Resíduos Sólidos,...

Como o reposicionamento de Ciro Nogueira pode redefinir o cenário político piauiense para 2026

Por Gleison Fernandes - Jornalismo da UCA. A volta de Ciro Nogueira ao governo Lula? Um mestre da articulação política...
spot_img

Edital do Patrimônio Vivo do Piauí está com inscrições abertas até 5 de dezembro

Os mestres e grupos selecionados terão a missão de perpetuar suas tradições, repassando os saberes culturais às futuras gerações. A...

Júlio César diz que aliança com MDB em 2026 ainda não foi discutida

Alinhamento político com MDB para 2026 ainda não está definido, afirma Júlio César. Em meio às articulações políticas que começam...
spot_img

Posts Recomendados