Quase todos os hospitais municipais – 80% – estão com o alvará do Corpo de Bombeiros fora do prazo de validade, o que representa um perigo tanto para os pacientes como para os profissionais de saúde.
O Tribunal de Contas do Estado constatou uma série de irregularidades nos hospitais municipais de Teresina. Os problemas foram identificados durante uma fiscalização surpresa realizada na sexta-feira passada nos onze hospitais geridos pela Prefeitura. A auditoria foi feita para avaliar a qualidade do serviço prestado à população, identificar possíveis falhar e apontar eventuais correções ou ajustes nas gestões.
O relatório aponta que faltam medicamentos em pelo menos 45% das farmácias inspecionadas. E que, em 36% delas, os medicamentos estão armazenados em condições inadequadas ( em contato direto com o piso, parede ou teto). A ausência de farmacêuticos responsáveis foi constatada em 45% dos hospitais.
Quase todos os hospitais municipais – 80% – estão com o alvará do Corpo de Bombeiros fora do prazo de validade, o que representa um perigo tanto para os pacientes como para os profissionais de saúde. Em 27% das unidades de saúde, é o auto de vigilância sanitário que está com o prazo vencido.
Outro problema identificado foi a ausência de banheiros para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzidas. Eles não existem em cerca da metade dos hospitais municipais, mais especificamente em 45%. E para completar, em 27% dos hospitais visitados, os médicos estavam trabalhando de sobreaviso, ou seja, ficavam em casa e só compareciam ao local de trabalho quando acionados.
O resultado da fiscalização será encaminhado ao gabinete do Prefeito e à presidência da Fundação Municipal de Saúde para que sejam tomadas as providências cabíveis. Segundo o presidente do TCE-PI, Conselheiro Kennnedy Barros, esse tipo de auditoria será uma constante daqui pra frente e deve alcançar outras áreas da administração pública, como educação, segurança e transporte público.