O governador Wellington Dias fez um apelo para que a Justiça Federal desbloqueie os recursos do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA).
Segundo ele, a paralisação das obras tem causado prejuízos ao Estado, sem falar no desemprego e na dificuldade financeira das empresas.
“Nós temos uma situação em que a exigência da justiça era a prestação de contas. Nós já temos uma posição feita lá atrás pelo Tribunal de Contas onde o único ponto que foi recomendado nós estamos cumprindo que é, ao liberar o dinheiro, ele transitar pela conta específica. O judiciário exigia que somente a Caixa poderia desbloquear os recursos com a prestação de contas, agora tem uma prestação de contas. O contrato dizia que 80% prestado conta já permitia a liberação, já temos 100% prestado conta”, disse o governador ao participar neste domingo (09) da Caminhada da Fraternidade.
Para o governador, com todos os procedimentos feitos, não faz sentido o bloqueio continuar.
“Não estamos falando aqui de apenas um contrato, estamos falando aqui de milhares de empregos, pessoas que ficaram desempregadas por conta dessa demora. Estamos falando de obras importantes, como as duplicações, a adutora do litoral. O apelo que faço é que é preciso cada um cumprir a sua parte olhando pelo Piaui”, desabafou.
Wellington Dias destaca que o prejuízo chega a R$ 30 milhões, fora os juros que devem ser pagos.
“Ao paralisar essas obras tem um custo. Estamos falando aqui de mais R$ 28 a R$ 30 milhões, além dos juros e encargos. Se tiver irregularidade em uma obra, o TCE sabe o que fazer e paralisa, mas não é o caso. Na Bahia, a justiça está empenhada para liberar recursos bloqueados da universidade, porque sabe a importância de que é para a Bahia e para educação. Estamos cumprindo a lei. Agora é preciso cada um cumprir a sua parte com esse olhar pro Piauí”, destacou, ressaltando a dificuldade das empresas.
“Centenas de empresas têm grande dificuldade por conta da demora. As obras nem terminaram ainda e já estão querendo prestação de contas”, finaliza.
Segundo a Controladoria Geral do Estado (CGE), o bloqueio afeta direta e negativamente a vida de 2 milhões de piauienses, distribuídos em 158 municípios, e deixando de gerar cerca de 7.500 empregos diretos.
Hérlon Moraes
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