indígenas tem suas terras ameaçadas de invasão e suas casas são queimadas; agressores envenenam fontes de água e os expõem aos perigos de agrotóxicos.
Assim como os Yanomamis e Mundurucus, na Amazônia, sofrem com os efeitos da ação do garimpo ilegal, os indígenas do Piauí também são ameaçados, atacados e perseguidos de todas as formas por “pretensos representantes do agronegócio”. Isso é o que revela o jornalista, professor e cientista político Roberto John em seu Blog Lunário Político, no site Piauí Hoje.
De acordo com o jornalista, profundo conhecedor da situação, os indígenas piauienses tem suas terras ameaçadas de invasão por grileiros e latifundiários; suas casas são queimadas. “Além disso, seus agressores envenenam fontes de recursos hídricos e os expõem aos perigos de agrotóxicos”, diz o professor em relatório entregue às autoridades estaduais e federais.
O jornalista garante que os indígenas do Piauí também sofrem com o sumiço de animais que habitam o bioma, o que dificulta a sobrevivência. Também sofrem com o assoreamento de rios e riachos; com a falta de estrada, energia e comunicação. As lideranças indígenas, segundo o jornalista, dizem que há tudo isso ocorre com a conivência da polícia com a grileiros, pistoleiros e outras ameaças.
Há alguns anos o professor acompanha o problema de perto. Como membro do governo do estado, em 2022 entregou à então governadora Regina Sousa e a outros membro do governo um relatório de estudo que realizou “in loco” da situação de agressão e emeaças constantes aos indígenas piauienses, sobretudo no Sul do estado.
O Ministério dos Povos Originários, criado recentemente pelo presidente Lula, já está com informações sobre a situação dos indígenas no Piauí. Técnicos da Fundação Nacional dos Povos Indígenas – Funai, estiveram recentemente em áreas de conflitos com latifundiários e grileiros. O Ibama, o Ministério Público Federal e Polícia Federal deverão entrar nas investigações das denúncias feitas pelas lideranças indígenas.
Fonte: Piauí Hoje