Empresário disse que ‘ausência de posicionamento transparente’ no partido motivou desistência.
Amoêdo e o partido anunciaram a decisão na noite desta quinta-feira, 8. O anúncio ocorre nove dias após o Novo anunciá-lo como pré-candidato. A legenda disse em nota que seguirá trabalhando na construção de uma “alternativa ao bolsopetismo para 2022”.
O candidato disse, em sua conta oficial no Twitter, que tomou a decisão “após avaliar os acontecimentos subsequentes ao anúncio da minha candidatura”. Uma ala do partido é contra a candidatura de Amoêdo, e apoia o deputado Tiago Mitraud (MG) para a disputa.
“Na minha avaliação, a ausência de um posicionamento transparente, firme e célere da instituição, neste processo, demonstrou a falta de unidade do NOVO quanto ao propósito para 2022”, escreveu Amoêdo. “Muito me orgulharia representar o NOVO nesse momento tão importante para o nosso país, mas não há como iniciar essa dura caminhada sem a condição por mim citada quando da aceitação desse convite.”
Ele citou uma mensagem em que pediu unidade do partido e respeito a princípios que fundaram o partido. Em nota, o partido agradeceu o empresário, que concorreu à Presidência pelo partido em 2018. “Agradecemos todo o inestimável esforço de João Amoêdo, que se dedica há mais de uma década para a construção e consolidação do Novo”, diz a nota do partido.
O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, lamentou a decisão e reforçou a mensagem de que o partido seguirá em busca de um nome para a disputa que represente oposição tanto ao presidente Jair Bolsonaro quando ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Pedi a ele que reconsiderasse, mas a decisão já era definitiva”, contou, também no Twitter. “Continuamos firmes cumprindo nosso papel na construção de uma via que nos livre de Lula e Bolsonaro.”
Estadão Conteúdo