Jornalista Arimatéia Azevedo deixa o 12º DP e é transferido para a Penitenciária Irmão Guido

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Conforme a determinação da Justiça, Arimatéia Azevedo deve ficar isolado dos demais presos.

O jornalista Arimateia Azevedo, preso por suspeita de crime de extorsão, foi encaminhado na tarde desta terça-feira (16) para a Penitenciária Regional Irmão Guido, zona rural de Teresina. A informação foi confirmada ao G1 pelo delegado Adelmar Canabrava, titular do 12º Distrito Policial, onde o profissional estava preso desde sexta-feira (12).

Arimatéia Azevedo

A transferência para o presídio ocorreu após o juiz Valdemir Ferreira, da Central de Inquéritos, negar o pedido de prisão domiciliar para o jornalista e converter a prisão em preventiva. Conforme a determinação da Justiça, Arimateia deve ficar isolado dos demais presos.

O juiz também determinou que o portal em que o jornalista atua não faça publicações relacionadas à vítima, ao Greco e aos que trabalham no grupo, sob pena de multa de R$ 5 mil por dia de publicação.

“De modo a evitar a prática de outros crimes, como ameaça, calúnia e/ou difamação, extrapolando os limites da liberdade de imprensa, como forma de vingança pelas investigações do procedimento policial”, afirma a decisão.

O professor de história Francisco de Assis Barreto, da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), preso suspeito por de ter sido coautor do crime foi liberado nesta terça-feira, segundo o delegado Canabrava.

Justificativa

Para o magistrado, a materialidade do crime está presente nos autos de forma “bem clara e segura” e que o relatório da polícia apresentou prints de conversas entre a vítima e o jornalista. “A narrativa da vítima encontra apoio nas provas dos autos”, destacou.

O juiz avaliou que o suspeito agia de forma fria e utilizava o poder do veículo de comunicação para “sem qualquer tipo de escrúpulo, ameaçar a vítima, caso esta não lhes entregasse as quantias indevidamente exigidas”.

A decisão diz ainda que o suspeitos extrapolou o direito à liberdade de imprensa, ofendeu a honra, a intimidade, a privacidade e a imagem de pessoas, “utilizando-se da liberdade de imprensa para obter lucro fácil através da prática de crimes”.

Prática habitual

O magistrado apontou para uma possível reincidência do jornalista no crime do qual ele é suspeito. “As investigações dão conta de que não é a primeira vez. Ao contrário, há fortes indicativos de que é prática habitual dos acusados, que parecem fazer dessa conduta sua forma usual de sobrevivência”.

A decisão afirma que em consulta ao sistema eletrônico de processos do TJ-PI foi possível encontrar “diversos processos criminais” e citou casos de calúnia, injúria, difamação, ameaça e furtar caráter competitivo de processo licitatório.

Entenda o caso

O Greco investiga a suspeita de que Arimateia Azevedo tenha praticado extorsão qualificada contra um profissional liberal de Teresina. O jornalista foi preso preventivamente nesta sexta e a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dele e do professor universitário suspeito de ser coautor do crime.

Os mandados foram cumpridos na sede do portal de notícias de propriedade do jornalista. Segundo o delegado Laércio Evangelista, do Greco, o jornalista teria cobrado a quantia de R$ 20 mil ao profissional liberal para que o portal de notícias parasse de divulgar matérias jornalísticas que o prejudicariam.

Conforme o Greco, o professor universitário teria, a mando do jornalista, ido ao encontro do profissional liberal para receber o dinheiro.

Com informações do G1PI

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

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