Deputado citou ‘período de isolamento e sofrimento’ e disse que ‘não foi internado por pouco’. Brasil registrou 149.034 mortes até esta quinta, segundo consórcio de veículos de imprensa.
De volta ao Congresso Nacional pela primeira vez após o diagnóstico de Covid-19, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (8) que a doença “não é brincadeira” e defendeu o uso de máscaras, “fundamental para que o vírus não continue se propagando”.
“De hoje até a vacina, em todo lugar público que eu estiver, vou estar usando máscara, tentando mostrar a todos que essa não é uma doença que seja conhecida”, disse Maia.
Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara participou de um evento da Frente Parlamentar Mista da Reforma Administrativa no Congresso Nacional.
Por já ter se curado da doença, Maia ouviu da senadora Kátia Abreu (PP-TO) que não seria necessário usar máscara. Mesmo assim, o deputado se recusou a tirar o equipamento de proteção durante a entrevista. Antes do contágio, Maia costumava retirar a máscara para falar ao microfone.
O parlamentar também afirmou que passou por um “período de isolamento e sofrimento” e que 20% do pulmão foi comprometido pelo vírus.
“Não fui internado por pouco. Agradeço não apenas à equipe que cuidou da minha saúde, mas às equipes do serviço público principalmente, dos médicos, profissionais de saúde, que já cuidaram de milhões de brasileiros”, disse.
O presidente da Câmara recebeu diagnóstico positivo para a Covid-19 no dia 16 de setembro. Além do deputado, os chefes dos três poderes da República já foram infectados pelo novo coronavírus.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, tiveram Covid-19 e se recuperaram.
O último levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, publicado às 20h desta quinta-feira (8), mostra que o Brasil tem 149.034 mortes e 5.029.539 casos confirmados da doença.
Por Elisa Clavery e Sara Resende, TV Globo — Brasília