Manifestantes ocupam Esplanada em marcha contra Bolsonaro

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Manifestantes ocuparam, na manhã deste domingo, 7, parte da Esplanada dos Ministérios, em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro e contra o racismo. Um outro grupo menor de manifestantes marcou presença em um dos lados da via central de Brasília. Outras cidades também recebem atos neste domingo.

(foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press )

A Polícia Militar fez um cordão de isolamento para impedir que os manifestantes avançassem até a Praça dos Três Poderes, onde fica o Palácio da Alvorada.

A exemplo das manifestações ocorridas em 2016, durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, os dois grupos se dividiram entre os dois lados da Esplanada. Do lado esquerdo da via, em sentido ao Congresso, ficarão os manifestantes que pedem a defesa da democracia e que pedem a saída de Bolsonaro. Do lado direito, poucos manifestantes se aglomeraram em ato pró-Bolsonaro.

Os policiais isolaram o canteiro central da Esplanada, como forma de evitar o contato entre os dois grupos. Diferentemente do que se viu três anos atrás, o governo do Distrito Federal não ergueu um muro de lata no canteiro central da Esplanada para separar os manifestantes.

Um contingente de 300 policiais da Força Nacional de Segurança Pública ficou de prontidão na Esplanada, para reforçar a segurança em caso de confronto. No entanto, as manifestações ocorreram de forma pacífica.

Durante a semana, Bolsonaro chegou a pedir, em sua “live”, que manifestantes pró-governo evitassem ir às ruas. Esse pedido, no entanto, não foi atendido por algumas pessoas que apoiam o governo e marcaram presença no ato. Os protestos em Brasília se encerraram por volta do meio-dia e ocorreram de forma pacífica.

Em Belo Horizonte, torcidas organizadas e membros de movimentos sociais se unem contra o presidente

BELO HORIZONTE – Com início em tradicional ponto de concentração de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, torcidas organizadas de clubes de Minas Gerais e representantes de movimentos sociais realizam na manhã deste domingo, 7, ato contra o presidente em Belo Horizonte. Os manifestantes farão caminhada a partir da Praça da Bandeira, região sul da cidade, em direção à Praça Sete, no centro da capital. Um ato chamado “Vidas Pretas Importam”, também está previsto para este domingo na cidade, além de ato de médicos contra o governo federal.

O representante da Unidade Popular (UP), Leonardo Péricles, que participa da manifestação, afirma que o Brasil passa hoje por risco de golpe. “Estamos na pandemia. Não temos as melhores condições de lutar, mas temos que lutar. A bandeira ‘fora Bolsonaro’ tem que ser a bandeira do povo brasileiro”, disse. Motoristas que passavam pelo local buzinavam em apoio ao protesto.

Nesse sábado, 6, uma das torcidas organizadas que participam da passeata até a Praça Sete, a Galo Antifa, fez recomendações a quem se dispôs a comparecer à manifestação deste domingo. “Se você é do grupo de risco ou mora com pessoas que são, fique em casa”, era um dos pedidos. Antes da manifestação, viaturas da Polícia Militar foram estacionadas ao longo do trajeto dos manifestantes. Regras de distanciamento e uso de máscara foram respeitados no ato. A PM de Minas Gerais não divulga estimativa de participantes nas manifestações. / Leonardo Augusto – Especial para O Estado de S. Paulo

PM impede manifestação em Belém

BELÉM – Um forte esquema de segurança impediu uma manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro na manhã deste domingo, 7, em Belém. Organizado pelas redes sociais, o movimento estava marcado para acontecer às 9h, em frente ao mercado de São Brás. Antes do horário previsto, no entanto, tropas da Polícia Militar, incluindo a de Operações Especiais, a cavalaria e também a Força Nacional, impediam qualquer tipo de aglomeração. Cerca de 50 manifestantes foram detidos e levados para uma delegacia.

No Pará, as regras do isolamento social contra a pandemia do coronavírus foram afrouxadas pelos governantes, que já permitiram a reabertura de shoppings centers, comércio de rua e de salões de beleza. Apesar disso, a manifestação foi impedida por medidas de segurança à saúde. A polícia informou que durante vistoria, alguns participantes ainda portavam objetos cortantes, por isso acabaram retirados do local.

O representante do movimento antirracista de Belém, Raphael Castro, repudiou a ação dos policiais. “Tivemos um diálogo muito limitado e não conseguimos expor aos agentes da segurança pública os motivos pelos quais estamos aqui. Desde o início esse era um ato que pretendia manter o distanciamento social e os protocolos de higiene. Queremos dialogar com a população sobre os temas”, explicou.

Rafael também contesta o impedimento do ato com a justificativa da PM de ‘evitar aglomerações’. “Percebemos que há uma incoerência em relação à orientação, que desrespeita o decreto do ‘Plano Retoma Pará’. Ele diz que não pode haver reuniões com mais de dez pessoas apenas nos municípios que estão na bandeira vermelha, e esse não é o caso de Belém, que está na fase laranja. Temos aqui uma repressão desproporcional. É contraditório superlotar o comércio, os shoppings e impedir com alto volume policial uma manifestação pacífica por uma causa urgente que são as vidas negras”, reclamou.

Em entrevista aos Estadão, o delegado da polícia civil, Renan Souza, coordenador da ação, disse que as pessoas estão sendo ouvidas individualmente. “Estamos analisando cada caso. Não tivemos depredação de patrimônio público, confronto e nem resistência. Eles estão aqui para dar esclarecimentos ao descumprimento do decreto estadual nº800 que proíbe a aglomeração de pessoas”, informou. Segundo o coordenador, dez delegados estão ouvindo os manifestantes.

Independente do posicionamento adotado por qualquer grupo, o Governo do Estado já havia anunciado que conteria qualquer tipo de aglomeração no Pará durante a pandemia do novo coronavírus.

No domingo passado, um ato em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), também foi dispersado em Belém. Alguns participantes foram conduzidos à delegacia e assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e logo foram liberados. Programados para acontecer em várias cidades brasileiras, atos pró-Bolsonaro, na capital paraense, não foram realizados.

Por Roberta Paraense – Especial para O Estado de S. Paulo

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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