Seleção sul-americana não tomou conhecimento dos europeus e garantiu a primeira vaga para a grande decisão.
Temos a primeira finalista da Copa do Mundo do Catar. Na tarde desta terça-feira, a Argentina derrotou a Croácia por 3 a 0 no Estádio Lusail e carimbou a primeira vaga na decisão. Os gols da partida foram marcados por Julián Álvarez (duas vezes) e Lionel Messi.
Assim como o que foi visto contra o Brasil, a seleção croata pouco conseguiu produzir. Desta vez, no entanto, o desfecho foi completamente diferente. Tal qual já havia feito em outras partidas nesta Copa, o treinador Lionel Scaloni mais uma vez moldou o time de acordo com o adversário e obteve sucesso. Optou por deixar Di María no banco, promoveu a entrada de Paredes no setor de meio-campo e anulou o jogo do trio Modric, Kovacic e Brozovic – a alma motora dos adversários.
Para além disso, a postura argentina também foi de não se importar com a posse de bola nos primeiros minutos. A Croácia, que só esteve na liderança do placar neste Mundial durante 46 minutos diante do Canadá – sua única vitória no tempo normal na competição -, pouco conseguiu produzir.
Os europeus esbarravam nas própria escassez de ideias e movimentos para produzir ofensivamente. Para piorar, num cenário de pouco espaço e de uma Argentina totalmente aguerrida e compenetrada, coube ao destino que Livakovic, o goleiro que foi herói até as semifinais, fosse o responsável por cometer o pênalti que abriria o placar.
A penalidade, por sinal, representa muito do que foi o jogo no geral. Um lance onde os croatas se mostraram desatentos, os argentinos completamente ligados e as estrelas de Álvarez e Messi brilhando para levar a albiceleste ao triunfo do embate.
No primeiro gol, Julián sofreu o pênalti e Messi converteu. No segundo, Álvarez puxou o contra-ataque e a desorganizada defesa da Croácia não conseguiu impedi-lo, que só parou com a bola no fundo do gol. No terceiro e último, mais uma jogada de gênio do camisa 10 argentino, que escondeu a bola em seus pés, superou Gvardiol com tranquilidade – um dos melhores zagueiros da Copa -, e passou para o talentoso camisa 9 marcar.
Em sua última Copa da carreira, Messi vai mostrando o porquê é considerado um extraterrestre do futebol. Mesmo com um desconforto físico, que parecia poder tirá-lo do jogo, foi fundamental no resultado. Chegou ao quinto gol no Mundial e igualou-se a Mbappé na artilharia. Dos 12 gols marcados pela seleção até aqui, participou diretamente de oito.
Por falar em igualdade com atletas franceses, Álvarez, o outro grande personagem da partida, agora é o vice-artilheiro da Copa do Mundo ao lado de Giroud com quatro gols na conta. Diante do lendário e experiente Luka Modric, de 37 anos, o qual sonhava com mais uma final, foi o jovem de apenas 22 anos de idade quem obteve destaque. Definitivamente, o atacante do Manchester City faz um Mundial de gente grande.
Repetindo 2014, a seleção argentina está de volta a uma decisão de Copa. A segunda de Messi. Aquela que pode ser a primeira taça em sua última chance de disputa. É o último capítulo de um longo e vitorioso enredo que pode findar no maior e melhor ápice possível para os argentinos.
E agora?
Classificada, a Argentina espera o vencedor do confronto de amanhã entre França e Marrocos para saber quem terá pela frente na final. A grande decisão será realizada neste domingo, 18, no Estádio Lusail, às 12h.
A Croácia, por sua vez, espera a seleção derrotada para a disputa do terceiro lugar. O jogo será realizado no sábado, 17, também às 12h, no Estádio Internacional Khalifa.