Internado desde o último dia 2 de maio no Hospital Sírio Libanês, ele lutava contra um câncer originado no estômago, mas que evoluiu a outros órgãos.
O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas morreu às 8h20 deste domingo (16), aos 41 anos, em decorrência de um câncer originado no estômago, mas que evoluiu com focos de metástase nos ossos e no fígado.
Internado desde o último dia 2 de maio no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista, na ocasião, ele chegou a ser intubado devido a um sangramento, porém, conseguiu se recuperar e dedicou uma mensagem de esperança e otimismo na recuperação.
“Mais uma batalha vencida. Tenho fé que vou vencer cada obstáculo. Agradeço a todas as orações, as mensagens de carinho, a força que vocês tem me dado. Peço desculpas por não conseguir responder a tantas mensagens que chegam por aqui, pelo WhatsApp, pelo telefone. Sintam-se todos abraçados. Agradeço sinceramente por serem tão generosos comigo. Agradeço também ao Ricardo Nunes e toda nossa equipe da Prefeitura que vêm cumprindo nossa diretriz de não deixar parar nada e avançar com o trabalho e cumprir nossos compromissos com a população de São Paulo. E daqui a pouco é torcida pro nosso Santos”, escreveu.
Histórico
Em outubro de 2019, Covas foi diagnosticado com adenocarcinoma, um tipo de câncer na região de transição do esôfago para o estômago, além de uma metástase no fígado e uma lesão nos linfonodos. Após o diagnóstico, ele iniciou um tratamento de quatro meses de quimioterapia. Em fevereiro do ano passado, exames demonstraram regressão da lesão esôfago-gástrica e da lesão hepática, mas uma biópsia detectou que o câncer nos linfonodos ainda persistia e os médicos decidiram então iniciar uma nova fase de tratamento, baseado em imunoterapia, uma estratégia que permite ao próprio sistema imune do paciente combater a doença.
Exames feitos pelo prefeito em abril de 2020 demonstraram controle da lesão em linfonodos. Já neste ano, em fevereiro, Covas passou por um novo tratamento quimioterápico após os médicos descobrirem um novo nódulo no fígado. E em meados de abril, exames de controle demonstraram novos pontos da doença no fígado e nos ossos. Com isso, os médicos decidiram dar continuidade ao tratamento com quimioterapia, além de imunoterapia. No dia 27 de abril, ele recebeu alta do hospital, mas seu tratamento contra a doença deverá ser continuado com aplicações de 48 horas a cada duas semanas.