Na semana passada, a ANP já havia anunciado que o país terá uma nova alta nos valores. Gasolina, diesel e gás de cozinha foram os produtos mais afetados.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou, em entrevista coletiva concedida na Itália, após reunião do G20, nesta segunda-feira (01), que um novo reajuste no preço dos combustíveis será anunciado nos próximos 20 dias pela Petrobras.
Na semana passada, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já havia anunciado que o país terá uma nova alta nos valores. Gasolina, diesel e gás de cozinha foram os produtos mais afetados.
Durante a coletiva, o presidente brasileiro foi questionado sobre a greve de caminhoneiros, iniciada hoje em todo o país. Bolsonaro afirmou ainda ter a informação extraoficial sobre o reajuste nos preços.
“Estou acompanhando, estamos acompanhando. Agora, uma notícia que dou para vocês, eu tenho pressa, a Petrobras já anuncia, eu sei extraoficialmente, novo reajuste daqui a uns 20 dias. Isso não pode acontecer. A gente não aguenta, porque atrela… O preço do combustível está atrelado à inflação, você falou em inflação, você perde o poder aquisitivo, e a população não está com o salário preservado ao longo dos últimos anos. Os mais pobres sofrem”, frisou.
No retorno ao Brasil, Bolsonaro afirmou para a imprensa que a prioridade seria o “Auxílio Brasil”, programa social que vai substituir o Bolsa Família. No entanto, o titular do Palácio do Planalto respondeu que o foco também será o preço do combustível.
“Esta semana vai ser um jogo pesado com a Petrobras, porque eu indico o presidente, quer dizer, tem que passar pelo conselho, não sou eu que indico, e tudo que de ruim acontece lá cai no meu colo. O que é de bom não cai nada em meu colo. O ideal — falei com o Paulo Guedes — é nós partirmos para privatizar a Petrobras. Isso é o ideal, no meu entender, que deve acontecer. Agora, isso aí não é colocar na prateleira e vender amanhã. Esse processo vai durar mais de ano”, completou.
ICMS como vilão da crise?
O chefe de Estado brasileiro ainda indicou que o “vilão do preço do combustível” no país é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e defendeu o congelamento dos impostos. No fim da semana passada, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) — órgão composto por secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal — aprovou o congelamento do valor do ICMS cobrado nas vendas de combustíveis por três meses.