O Estado alcançou participação de 2% na safra nacional, ultrapassando Tocantins, que terá uma participação na safra agrícola de 2022 de 1,9%.
A primeira estimativa da produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2022 é de uma safra recorde de 270,7 milhões de toneladas, com alta de 7,8% (ou mais 19,5 milhões de toneladas) frente a 2021, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O IBGE divulgou, na quinta-feira (11), que o Piauí passará de 12º para ser o 11º maior produtor agrícola do país com uma participação de 2% na safra nacional, ultrapassando o estado de Tocantins, que terá uma participação na safra agrícola de 2022 de 1,9%.
Na distribuição da produção pelas Unidades da Federação, o Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,5%, seguido pelo Rio Grande do Sul (15,0%), Paraná (13,2%), Goiás (9,2%), Mato Grosso do Sul (7,7%) e Minas Gerais (6,1%), que, somados, representaram 79,7% do total nacional; Bahia (4,1%); São Paulo (3,9%); Santa Catarina (2,4%); e Maranhão (2,3%).
Com relação à participação das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (45,7%), Sul (30,6%), Sudeste (10,0%), Nordeste (9,1%) e Norte (4,6%).
Em outubro de 2021, o IBGE realizou o primeiro prognóstico de área e produção para a safra de 2022.
Para a estimativa da produção nacional total de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas em 2022, os números levantados nas Unidades da Federação onde a pesquisa foi realizada foram somados às projeções obtidas a partir das informações de anos anteriores, para aquelas que ainda não dispõem das estimativas iniciais. Nos cálculos das projeções dos rendimentos apresentados, para a safra 2022, foram utilizadas as médias dos resultados obtidos nos cinco últimos anos, eliminando-se os extremos. Como este 1º prognóstico é realizado por levantamentos e projeções calculadas, vale registrar que as informações de campo representaram 41,9% da produção nacional prevista, enquanto as projeções responderam por 58,1% do total estimado.
No total, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas, em 2022, deve somar 270,7 milhões de toneladas, crescimento de 7,8% em relação a 2021, ou 19,5 milhões de toneladas, sendo recorde da série histórica do IBGE.
No Piauí, a safra de 2022 deve ficar em 5.043.202, um aumento de 2,8% em relação à safra de 2021.
Em relação à produção da soja, no Mato Grosso do Sul, também houve um incremento de 1,3 milhão de toneladas no ano, o que ajudou a impulsionar a produção nacional. Outras Unidades da Federação produtoras também registraram crescimento da produção, como o Mato Grosso, maior produtor nacional, com incremento de 1,7%; Goiás (1,7%), Minas Gerais (12,5%), Bahia (12,6%), São Paulo (2,8%), Maranhão (4,7%), Piauí (10,9%), Santa Catarina (4,4%) e Pará (19,9%).
Na 1ª safra de milho, a produção estimada foi de 25,9 milhões de toneladas, crescimento de 0,4% em relação ao mês anterior. Houve revisão da estimativa da produção em Rondônia, com um aumento de 83,7% na produção, que deve alcançar 260,6 mil toneladas. Esse resultado deve-se à revisão da área plantada, que cresceu 36,6% e do rendimento médio, que aumentou 34,5%.
Quanto à variação anual, a estimativa da produção encontra-se 2,8% menor que em 2020. Embora a área plantada esteja crescendo 2,7%, o rendimento médio declinou 4,3%. Houve declínios nas produções do Piauí (-12,2%), do Tocantins (-11,9%), do Ceará (-35,2%), do Paraná (-12,6%), de Santa Catarina (-18,5%) e do Distrito Federal (-38,5%).
A 1ª safra do feijão, em relação ao ano anterior, houve reduções de 11,0% na produção; de 6,4% no rendimento médio e de 4,9% para a área colhida. Os destaques positivos, com relação à variação da produção, foram Minas Gerais (6,6%), São Paulo (8,6%), Santa Catarina (1,3%), e Goiás (10,9%). Os destaques negativos foram registrados no Paraná (-18,7%), no Ceará (-9,2%), na Bahia (-24,2%), no Rio Grande do Sul (-0,9%), no Piauí (-34,4%), na Paraíba (-18,3%), no Distrito Federal (-36,6%), em Pernambuco (-44,9%), em Rondônia (-34,8%), no Rio Grande do Norte (-55,4%) e no Maranhão (-0,9%).
O aumento nacional da produção deve-se, principalmente, à maior produção prevista para a soja (0,8%) ou 1 105 458 toneladas), para o milho 1ª safra (11,1% ou 2 869 724 toneladas), para o milho 2ª safra (26,8% ou 16 299 833 toneladas), para o algodão herbáceo em caroço (2,4% ou 84 924 toneladas), para o sorgo (12,8% ou 302 498 toneladas), para o feijão 1ª safra (6,9% ou 80 960 toneladas) e para o feijão 2ª safra (9,8% ou 101 002 toneladas). Foram estimados declínios na produção do arroz (-3,9% ou 451 654 toneladas), do feijão 3ª safra (-0,9% ou 5 164 toneladas) e do trigo (-10,0% ou 785 827 toneladas).
Com relação à área prevista, apresentam variações positivas a soja em grão (1,1%), o milho em grão 1ª safra (2,5%), o milho em grão 2ª safra (0,8%), o sorgo (3,3%), o algodão herbáceo em caroço (1,3%) e o feijão 3ª safra (1,3%), e variações negativas para o arroz em casca (-0,4%), o feijão 1ª safra (-0,6%), o feijão 2ª safra (-0,9%) e o trigo (-1,9%).
A produção deve crescer no Mato Grosso (3,8%), no Rio Grande do Sul (2,9%), no Paraná (26,2%), em Goiás (10,5%), no Mato Grosso do sul (15,1%), em Minas Gerais (6,5%), em São Paulo (4,8%), em Santa Catarina (7,6%), no Pará (0,5%) e em Sergipe (2,3%), apresentando declínio na Bahia (0,1%), no Maranhão (-3,1%), no Piauí (-4,0%), no Tocantins (-1,2%) e em Rondônia (-5,9%).