Além da construção, o governo também realiza capacitação das famílias beneficiadas sobre o uso racional e o tratamento da água.
Mais de 20 mil cisternas devem ser construídas no Piauí. Segundo a secretária da Agricultura Familiar, Rejane Tavares, o Governo do Piauí está ampliando os investimentos em infraestrutura hídrica para garantir o abastecimento de água e melhorar as condições de vida das famílias do semiárido.

Ela explicou que mais de 4.300 cisternas estão em construção no Piauí em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, e outras 500 devem ser iniciadas ainda neste ano dentro do programa Piauí Sustentável. Também está em andamento uma nova licitação para mais 4 mil unidades, financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). Com esses projetos, o número total deve ultrapassar 20 mil cisternas, somando as construídas pelo governo e pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
As cisternas são de dois tipos: as de primeira água, com capacidade para 16 mil litros e destinadas ao consumo doméstico, e as de segunda água, conhecidas como cisternas calçadão, com 56 mil litros, voltadas para pequenas hortas e criação de animais. Além da construção, o governo também realiza capacitação das famílias beneficiadas sobre o uso racional e o tratamento da água.
A secretária explicou ainda que o Estado vem investindo em programas de longo prazo voltados à sustentabilidade da produção rural. Os programas Piauí Sustentável e Inclusivo e Pilares do Desenvolvimento somam cerca de R$ 1 bilhão em investimentos e devem atender diretamente 20 mil famílias, oferecendo assistência técnica por até três anos e incentivo ao uso de tecnologias adaptadas às mudanças climáticas.
Rejane Tavares ressaltou a importância de fortalecer uma nova cultura de convivência com o semiárido, com práticas de reflorestamento, recuperação de nascentes e combate às queimadas. Ela destacou também iniciativas de reuso de água e conscientização ambiental. “As pessoas precisam entender que folha seca não é sujeira. Quando a gente varre e queima, está destruindo a proteção natural do solo. Folha seca é cobertura, é vida, ajuda a manter a umidade e a evitar a erosão. A gente precisa aprender a conviver com o semiárido, não lutar contra ele.”
Rejane Tavares destacou que o governador Rafael Fonteles criou um gabinete de crise para enfrentar a seca, reunindo diferentes secretarias, entre elas Agricultura Familiar, Meio Ambiente, Assistência Social e Defesa Civil. A atuação conjunta tem como prioridade o abastecimento emergencial e o apoio direto às famílias atingidas. A Defesa Civil coordena o envio de carros-pipa, em parceria com a empresa Águas do Piauí, enquanto a Assistência Social distribui cestas básicas e concede auxílio financeiro aos agricultores que tiveram prejuízos com a estiagem.







