Pressione Enter e depois Control mais Ponto para Audio

Nunes Marques, indicado por Bolsonaro no STF, tira julgamento de Flávio Bolsonaro da pauta

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

A denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro por peculato (desvio de dinheiro público), lavagem de dinheiro e organização criminosa foi apresentada pelo MPRJ em novembro do ano passado.

O ministro piauiense, Kássio Nunes Marques, que está como presidente da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou da pauta de julgamentos na quarta-feira (14), a análise da reclamação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) que concedeu foro privilegiado ao senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) nas investigações sobre o caso das “rachadinhas”.

Inicialmente, o julgamento sobre o foro de Flávio estava marcado para 31 de agosto, mas o ministro Gilmar Mendes — relator da ação — decidiu adiá-lo para amanhã, 14 de setembro, atendendo a um pedido do advogado do senador, Rodrigo Roca. Na ocasião, o defensor alegou estar “impossibilitado de comparecer na sessão agendada”. Agora, o julgamento foi novamente adiado.

Ministro Nunes Marques no STF / Crédito: Fellipe Sampaio/SCO/STF

DENÚNCIA

A denúncia contra Flávio por peculato (desvio de dinheiro público), lavagem de dinheiro e organização criminosa foi apresentada pelo MPRJ em novembro do ano passado. Além dele, também foram denunciados seu ex-assessor Fabrício Queiroz e outros 15 ex-funcionários de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), todos suspeitos de integrar o suposto esquema de devolução de parte do salário, a conhecida “rachadinha”.

A decisão do TJRJ de conceder foro a Flávio também é de 2020. À época, a defesa argumentou que ele mantinha o direito a foro porque se tornou senador logo após o mandato de deputado, não tendo ficado sem o privilégio em todo o período. Além disso, a investigação se refere a fatos de quando Flávio tinha mandato na Alerj — e, portanto, tinha foro. 

O MP, porém, alega que a decisão do TJ descumpriu a jurisprudência estabelecida pelo STF que determinou que, ao fim do mandato, se encerrava o direito ao foro. 

A PGR (Procuradoria-Geral da República) avaliou que o STF nem sequer deveria analisar a reclamação do MP, uma vez que o órgão não utilizou a via adequada para apresentá-la. Para a PGR, os procuradores deveriam ter enviado um recurso na decisão, e não uma reclamação.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

PF combate crimes de abuso sexual infantojuvenil no Maranhão e outros três estados

Homem foi preso por vender mídias envolvendo crianças e adolescentes A Polícia Federal (PF) realizou nesta quarta-feira (25), em quatro...

Câmara conclui votação e aprova aumento no número de deputados para 531

Projeto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); deputados acataram mudanças feitas na proposta pelo...

Adolescente de 14 anos mata pais e irmão de 3 anos no interior do Rio de Janeiro

Delegado afirma que assassinatos foram premeditados; garoto teria pesquisado na internet como sacar o FGTS dos pais antes do...

Em derrota para o governo Lula , Congresso derruba decreto que aumentava o IOF

Desde 1988, parlamentares só haviam derrubado decretos presidenciais duas vezes O Congresso Nacional impôs ao governo Lula mais uma derrota...
spot_img

Diagnóstico de Alzheimer em jovem de 19 anos chama atenção da medicina mundial

Um caso raro chamou a atenção da comunidade médica internacional: um jovem de 19 anos, residente de Pequim, na...

Prefeito Jesse James e secretária Bruna destacam escolha de delegados nas conferências de Assistência Social e Direitos da Pessoa Idosa

Por Gleison Fernandes. Após um dia inteiro de debates e construção coletiva, foram eleitos os delegados que representarão o município...
spot_img

Posts Recomendados