Com a decisão, governo fica perto de garantir maioria na comissão
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD – SP), negou nesta sexta-feira (5) o pedido da oposição para barrar uma manobra que deu mais vagas à base governista na CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro. com a decisão de Pacheco, o governo fica perto de garantir maioria na comissão.
A decisão veio no início do dia. O despacho do presidente do Congresso negou um pedido do líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL – RN), que foi contra uma manobra do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (REDE – AP).
Randolfe é o único representante da REDE no Senado, e mudou de bloco horas antes da leitura do requerimento da CPMI. A estratégia deu mais uma cadeira ao bloco ‘Resistência Democrática’, encabeçado pelo PT.
A oposição alegou que essa troca era irregular, e que a mudança só valeria se tivesse sido feita no início da legislatura, em fevereiro.
Para Pacheco, entretanto, não há regulação sobre o tema no regimento das comissões mistas do Congresso, fazendo valer então as regras do Senado, que permitem a manobra.
Marinho afirmou que vai recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça do Senado. “Evidente que é uma decisão que tem a legitimidade por ter sido feita pela mesa da casa, mas nós achamos que é equivocada. Nós iremos recorrer da decisão, mas deixando claro que isso não significa que aceitaremos que isso seja uma manobra procrastinatória. essa ação pode e deve ocorrer independente da instalação da CPMI”, declarou o líder da oposição.
No mesmo documento, Pacheco validou uma outra decisão que já havia sido tomada nesta semana pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP – AL), que retirou do Partido Novo o direito à indicação de um parlamentar para a vaga rotativa da comissão.
O argumento usado por Lira é de que a legenda não elegeu deputados o suficiente para atingir a cláusula de barreira na Câmara.
As movimentações desta sexta fazem com que a base aliada do governo no Congresso tenha pelo menos 15 das 32 cadeiras fixas da CPMI dos atos antidemocráticos. Outras nove seriam da oposição e, o restante, de partidos independentes.
Da Redação – UOL