Para o governador do Piauí, Zema “revela-se o maior inimigo da federação brasileira”.
O governador do Piauí, Rafael Fonteles PT), criticou a fala do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), que na defesa de um protagonismo para os Estados do Sul e Sudeste do país, propõe na ação de um consórcio interestadual uma postura de confronto com o Nordeste – que ele percebe favorecido por incentivos a ações do governo federal. Zema fez a declaração em entrevista veiculada sábado no jornal O Estado de São Paulo.
Em postagem na rede social Twitter (agora X), Rafael Fonteles diz que o colega mineiro se mostra um adversário da federação “no momento em que o nosso país mais precisa de união”, acrescendo que “quem apostar contra a união do povo brasileiro vai perder”.
Na sua entrevista ao Estadão, Romeu Zema contabiliza o poderia econômico e político das regiões Sul e Sudeste, sob forma do Cossud (Consórcio Sul-Sudeste), presidido pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD):
“Temos 256 deputados – metade da Câmara – 70% da economia e 56% da população do País. Não é pouco, nê? Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos nós queremos – que é o que nunca tivemos – que é protagonismo político”, contabiliza Romeu Zema, que desde a entrevista sem sido alvo de críticas por adversários de esquerda, que enxergam na fala dele uma proposta de divisão do país.
O senador petista Humberto Costa, por exemplo, enxerga “ignorância e preconceito” na fala de Zema, afirmando que estes são “atributos seus muito conhecidos, mas que não deixam de envergonhar toda vez que vêm a público”.
O governador do Piauí, segundo uma fonte ouvida pelo AZ, compartilha das críticas de políticos de esquerda a Zema, lembrando que o governador mineiro parece esquecer que parte de Minas Gerais (o norte mineiro e Vale do Jequitinhonha) está mais ligada ao Nordeste que ao Sudeste, tanto que faz parte da Sudene.
Outro ponto da fala de Zema que é considerada erro histórico pelo governador do Piauí, segundo a mesma fonte, é que a região em períodos importantes como a Revolução de 1930, uniu-se tanto a Minas Gerais quanto ao Rio Grande do Sul no processo que resultou no governo de Getúlio Vargas (1930-1945).
Do Portal AZ