Relatório revela aumento de 173% em casos de intolerância religiosa

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Entre as principais religiões atingidas estão as de matriz africana.

O Brasil registrou um aumento 173% de casos de intolerância religiosa nos últimos três anos. Segundo os dados apurados pelo Relatório Brasil Caribe e América Latina, em 2019 foram registrados 477 casos, contra 966 no ano de 2021.

Mesmo a Constituição Federal assegurando como direito fundamental a liberdade religiosa e a liberdade de crença, pessoas adeptas principalmente de religiões de matrizes africanas continuam sendo vítimas de preconceito, como aconteceu com Pai Hiago, que teve o seu centro religioso incendiado na cidade de José de Freitas (PI).

Foto: Carlienne Carpaso

“Minha trajetória na umbanda vem desde pequeno, e sempre vi essa maldade na cabeça das pessoas. Isso machuca muito o nosso coração. Precisamos de uma lei menos branda para as pessoas que fazem essa maldade”, conta o pai de santo.

A mãe de santo Yara Yeda destaca que o umbandismo faz parte de correntes religiosas que pregam o bem e a caridade, e que mesmo fazendo parte de um movimento com princípios nobres, ela não está imune de episódios preconceituosos contra a sua religião.

“Toda religião tem que ser respeitada, e a umbanda é uma religião totalmente brasileira. Boa parte da população, querendo ou não, tem a raiz umbandista. Tem aquela pessoa que reza e melhora a dor de cabeça, a que tira o engasgo, tira o quebranto, a que acredita que acender vela para anjo da guarda melhora o astral, tudo isso. E passar por discriminação por algo que você acredita é muito ofensivo”, conta a mãe de santo.

Mãe Yara. (Foto: TV Clube)

Para a advogada Silvia Sampaio, com o aumento de pessoas denunciando, pode surgir cada vez mais dados preocupantes, mas ela alerta que é essencial que as denúncias sejam feitas para frear e punir condutas discriminatórias por conta de práticas religiosas.

“Aqui em Teresina temos a delegacia de Direitos Humanos, a pessoa pode levar comprovações por meio de vídeos, fotos, e testemunhas para registrar a ocorrência”, destaca a advogada.

Para a mãe Yara, o caminho para acabar com a intolerância religiosa é o respeito e o conhecimento sobre as inúmeras manifestações e correntes religiosas praticadas no Brasil.

Com informações do Clube News

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

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