Fábrica onde estão combatentes ucranianos não foi atacada por ordem de Putin.
O governo russo diz ter tomado a cidade ucraniana de Mariupol nesta quinta-feira (21). A Ucrânia ainda não se manifestou a repeito da possivel perda da cidade portuária. A informação foi divulgada pela TV estatal.
Sergei Shoigu, ministro da Defesa russo, disse que Putin ordenou que a fábrica onde se mantém cerca de 2.000 soldados ucranianos rendidos fosse poupada. Outros 1.500 combatentes ucranianos se renderam, de acordo com o governo russo.
Segundo Shoigu, os soldados que se mantém escondidos estão nos subterrâneos da fábrica Azovstal – que tem 6 km² e muitos túneis e galpões e “estão cercados e o perímetro da siderúrgica está bloqueado com segurança”.
A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, exigiu que os russos liberem urgentemente, por meio de corredores humanitários, a saída de civis e soldados feridos da usina. Ela não confirmou que a cidade portuária caiu e está em poder dos invasores.
“Há cerca de 1.000 civis e 500 soldados feridos lá. Todos eles precisam ser retirados de Azovstal hoje”, disse Vereshchuk em um post em rede social.
Ontem, a vice-primeira-ministra chegou a declarar que o corredor para retirar civis de Mariupol “não funcionou” e acusou as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear os veículos.
“Infelizmente, o corredor humanitário de Mariupol não funcionou hoje como havíamos previsto”, disse Vereschuck, que já havia anunciado um acordo “preliminar” com a Rússia para estabelecer um corredor humanitário na cidade portuária.
A Ucrânia ofereceu à Rússia uma “sessão especial de negociações” em Mariupol, cidade portuária sitiada no Mar de Azov, informou Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky e um dos negociadores, nesta quarta-feira (20).
“Estamos prontos para realizar uma sessão especial de negociações em Mariupol. Para salvar nossos jovens, o batalhão Azov, os soldados, os civis, as crianças, os vivos e os feridos. Todos”, escreveu ele em sua conta no Twitter.
No sábado (16), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que uma eventual “destruição” das forças de defesa de Mariupol provocaria o fim das negociações com a Rússia.
Com informações do IG