Senado aprova PL que aumenta pena para violência contra crianças

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Relatora da Lei Henry Borel acatou emendas. Texto voltará à Câmara.

O Senado aprovou na terça-feira (22) um projeto de lei (PL) que endurece penas nos casos de violência contra crianças ou adolescentes. Além disso, o texto torna crime hediondo o homicídio contra menor de 14 anos.

A relatora do texto no Senado, Daniella Ribeiro (PP-PB) acatou algumas emendas e, por isso, o texto retorna à Câmara para nova análise.

O texto determina pena de três meses a dois anos para quem descumprir decisão judicial favorável à adoção de medidas protetivas de urgência. O projeto também aumenta a pena de homicídio contra menor de 14 anos se o crime for cometido por familiar, empregador da vítima, tutor ou curador ou se a vítima é pessoa com deficiência ou tenha doença que implique o aumento de sua vulnerabilidade.

Foto: Reprodução / Ilustração

A proposta foi batizada de Lei Henry Borel, em homenagem ao menino de 4 anos que foi espancado e morto em março de 2021. Os acusados do crime são a mãe de Henry, Monique Medeiros, e o padrasto do menino, que estão presos.

O projeto ainda prevê punição para quem deixar de comunicar à autoridade pública a prática de violência, de tratamento cruel ou degradante, ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina, contra criança ou adolescente, ou o abandono de incapaz. A pena será de seis meses a três anos, mas poderá ser aumentada se a omissão partir de parentes ou se levar à morte da vítima.

“No mérito, o projeto é dotado do mais alto grau de relevância. A violência contra crianças e adolescentes é um grave problema que demanda resposta adequada do Estado”, afirmou Daniella Ribeiro.

Segundo consta em seu relatório, o Disque 100, serviço de denúncias de violações de direitos humanos, mantido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, registrou mais de 119 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes. A relatora classificou esse número “estarrecedor”.

Ela acatou emendas que alteram o teor do projeto e, por isso, ele voltará à Câmara dos Deputados. Dentre essas emendas incluídas no texto, está uma que garante a assistência jurídica de Defensor Público ou por advogado conveniado ou nomeado na defesa da criança ou adolescente em situação de violência.

Por Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
Acompanhe nossa coluna no Portal Cidade Luz e fique por dentro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

MDS e Defensoria Pública do Maranhão unem forças para garantir acesso à documentação básica

"O documento abre portas para a cidadania, permitindo o acesso ao Cadastro Único e a direitos como Bolsa Família,...

PGR pede inclusão de fugitivos do 8 de janeiro em lista da Interpol

Gonet quer emissão de mandado de prisão preventiva contra acusados O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao ministro Alexandre...

Saque-Calamidade está disponível a trabalhadores de 59 cidades gaúchas

Valor máximo para retirada é de R$ 6.220 por conta do FGTS Trabalhadores de 59 municípios do Rio Grande do Sul...

Ator Tony Ramos passa por cirurgia para tratar sangramento intracraniano

Ator foi internado às pressas no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro Tony Ramos, 75, foi internado...
spot_img

Marcos Parente ganha Van adaptada para beneficiar pacientes em tratamento de saúde

Veículo garantido por emenda parlamentar proporcionará conforto aos marcoenses em tratamento fora do município. Na manhã desta quinta-feira, 16 de...

Educação do Piauí convoca mais 120 professores para atuar no estado

Os candidatos devem preencher o formulário e enviar a documentação necessária no período de 15 a 22 de maio. A...
spot_img

Posts Recomendados