Pressione Enter e depois Control mais Ponto para Audio

STF tem maioria a favor da criminalização da homofobia

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Julgamento foi suspenso e será retomado no dia 5 de junho.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou hoje (23) maioria de seis votos a favor da criminalização da homofobia como forma de racismo. Apesar do placar da votação, o julgamento foi suspenso e será retomado no dia 5 de junho.

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Até o momento, a Corte está declarando a omissão do Congresso em aprovar a matéria e determinado que o crime de racismo seja enquadrado nos casos de agressões contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis) até que a norma seja aprovada pelo Parlamento.

O julgamento começou em fevereiro e foi retomado nesta tarde com as manifestações da ministra Rosa Weber e do ministro Luiz Fux, também favoráveis à criminalização. Com os votos de Weber e Fux, ficou formada a maioria com os votos de Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, além do relator, Celso de Mello.

Em seu voto, Rosa Weber entendeu que a Constituição obrigou o Congresso a aprovar medidas para punir comportamentos discriminatórios, que inclui as condutas direcionadas à comunidade LGBT. Segundo a ministra, o comando constitucional não é cumprido desde a promulgação da Carta Magna, em 1988.

“A mora do Poder Legislativo em cumprir a determinação que lhe foi imposta está devidamente demonstrada. A existência de projetos de lei não afasta a mora inconstitucional, que somente se dá com a efetiva conclusão do processo legislativo”, disse.

Em seguida Fux também concordou com a tese de morosidade do Congresso e afirmou que as agressões contra homossexuais não são fatos isolados. “A homofobia se generalizou, muito embora, quando o STF julgou a união homoafetiva, as cenas de violência explícita homofóbicas diminuíram”, disse.

O caso é discutido na Ação a Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) nº 26 e no Mandado de Injunção nº 4.733, ações protocoladas pelo PPS e pela Associação Brasileiras de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT) e das quais são relatores os ministros Celso de Mello e Edson Fachin.

As entidades defendem que a minoria LGBT deve ser incluída no conceito de “raça social”, e os agressores, punidos na forma do crime de racismo, cuja conduta é inafiançável e imprescritível. A pena varia entre um e cinco anos de reclusão, de acordo com a conduta.

Na abertura da sessão de hoje, por maioria de votos, a Corte decidiu continuar o julgamento mesmo diante da deliberação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, que aprovou ontem (22) a mesma matéria, tipificando condutas preconceituosas contra pessoas LGBT.

Com informações da EBC

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
Acompanhe nossa coluna no Portal Cidade Luz e fique por dentro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Em Floriano, Rafael Fonteles inaugura reforma de escola, autoriza melhoria no cais e entrega títulos de imóveis

Cais de Floriano passará por ampla reforma, com investimento de R$ 7,3 milhões. Encerrando a agenda no Território Vale dos...

Gestão simples nas redes sociais, gastos milionários nos contratos: R$ 1,1 milhão sem licitação em Bertolinia

Contratações sem concorrência pública expõem gastos de R$ 1,1 milhão da nova gestão em Bertolinia. Desde que assumiu a Prefeitura...

Lula regulamenta nova distribuição de cotas raciais em concursos públicos

A nova regra estabelece 30% das vagas serão reservadas para candidatos de grupos étnico-raciais. O presidente Luiz Inácio Lula da...

Energia limpa avança no Brasil com apoio de linhas de crédito específicas

Instituições como o Banco da Amazônia ampliam financiamentos para microgeração, veículos elétricos e projetos sustentáveis em áreas rurais e...
spot_img

Rafael indica novo presidente para Agespisa em meio a processo de extinção da empresa

Garcias Guedes é advogado e já atuou como assessor técnico do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí. O governador...

Quatro em cada dez trabalhadores relatam preconceito por idade no Brasil

Para combater o preconceito, organizações investem na inclusão e no diálogo entre diferentes faixas etárias Apesar do crescimento da população...
spot_img

Posts Recomendados