Em entrevista ao Bancada Piauí, presidente da Alepi voltou a criticar o sistema na capital piauiense.
O presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Franzé Silva (PT), em entrevista ao Bancada Piauí, da TV Antena 10, nesta terça-feira (07) voltou a falar sobre a necessidade de decretar estado de emergência no transporte publico de Teresina. O parlamentar também comentou que vem defendendo a resolução efetiva do problema do transporte público desde 2019 e que agora frente à Alepi vai pautar o debate para que o impasse seja resolvido.
“Eu tenho colocado esse debate na Alepi e não é de agora, essa pauta começou em 2019 quando eu questionava na gestão tucana com a integração do transporte coletivo, naquela época eu já me posicionei contra porque via que não era um projeto que não seria eficiente. Hoje estamos vivendo próximo ao caos, porque diante da impassividade na solução desse problema as pessoas têm buscado cada vez mais adquirir motos para poder chegar ao trabalho, levar seus filhos na escola, levar sua mãe ao médico. O colapso vai acontecer em breve se o sistema não for estabelecido… estamos em sentido contrário [de outros estados] um sistema falido, que não atende e que maltrata o usuário”, comentou.
O parlamentar explicou que com o decreto de emergência, caso fosse utilizado, o contrato com as empresas que atualmente prestam serviço para o transporte atual seria rompido e outras seriam chamadas. Além disso, ele enfatizou que o impasse no transporte público estaria afetando outros âmbitos da capital como a economia.
“Está uma situação deplorável, prejudicando a economia, as famílias, os trabalhadores. Então o prefeito precisa tomar uma decisão que traga resultados para esse problema”, disse.
Com descrédito da população na resolução do impasse entre as empresas de transporte público e os trabalhadores, que ameaçam realizar uma nova greve geral, Franzé disse que os órgãos devem se unir para cobrar soluções e que propostas estão sendo debatidas para resolver o problema.
“Tá na hora da Alepi se unir, a Câmara Municipal chamar o Poder Judiciário, chamar o Ministério Publico, o Tribunal de Contas o MPPT e os homens públicos desse estado para dar uma resposta para a população que está cansada… Nós precisamos dentro da Alepi unir forças, não é papel da Assembleia puxar esse debate, que é da Câmara Municipal… Temos que levar ao governador uma proposta de integração com o metrô? Isso vai ser debatido. Precisaremos ter o pagamento do subsídio da meia passagem, dos que usam o sistema gratuitamente? Vamos discutir isso com o governador. Nós queremos discutir, mas não é para colocar dinheiro em um sistema falido, não pra ficar colocando recurso em um sistema que mais cedo ou mais tarde vai estar na crise”, completou.
Exonerações
Durante a entrevista, o presidente da Alepi também comentou sobre o decreto que ele baixou em que exonerava os servidores comissionados da Alepi. Ele justificou que a medida tem como objetivo que haja um concurso público para que tenha uma igualdade entre o número de funcionários comissionados e efetivos seja o mesmo.
“Nós tivemos que voltar alguns por conta do funcionamento da casa, mas essa gestão tem o compromisso do concurso público, nós iremos ter a paridade de servidores comissionados com os nosso efetivos, queremos um grupo de efetivos qualificados para fazer funcionar que atenda os anseios da população. Um grupo de pessoas que possam ajudar os parlamentares a pensar o Piauí, estamos trabalhando junto a mesa diretora para fazer um cronograma de concursos públicos, diversas áreas como advogados, área da saúde entre outros”, finalizou.
Fonte: Portal A10+