Para os possantes da franquia de filmes Velozes e Furiosos, aparentemente, nem o céu é o limite.
Depois de oito filmes e muitas manobras impossíveis em todos os tipos de terrenos imagináveis (inclusive em cima do gelo e em um submarino), o espaço sideral era a única fronteira que faltava para Dominic Toretto e sua turma explorarem. Não mais.
Em Velozes e Furiosos 9, que estreia nesta quinta-feira, 24, eles encaram suas perseguições mirabolantes até sob gravidade zero. Vale lembrar que há muitos anos a franquia deixou de ser apenas um filme sobre corridas clandestinas de carrões pelas ruas do planeta para se tornar uma ficção divertidíssima – sem, necessariamente, ter qualquer compromisso com as leis da Física. Ou com a lógica.
Dito isso, a pergunta seguinte é: quem precisa de nove filmes como esses? A julgar pelos números, muita gente. Somados, os títulos da franquia já arrecadaram 6 bilhões de dólares. E vem mais por aí. O astro Vin Diesel afirmou que só deverá encerrá-la na 11ª edição. E se não acabar aí, tudo bem também. Afinal, Velozes e Furiosos é como os filmes dos Trapalhões, com a diferença de que há muito mais grana e adrenalina envolvidas.
O público já sabe que vai assistir a uma grande bobagem feita para divertir, sem precisar gastar muita massa cinzenta. De tão inverossímil que a história é, a sensação é a de que os roteiristas, diante de uma cena de perseguição, pensam: “Como resolver isso da maneira mais absurda, explosiva e hilariante possível?”
Boa parte do sucesso da franquia pode ser creditada ao diretor Justin Lin, que já havia dirigido os filmes 3, 4, 5 e 6, sendo que um deles foi ambientado no Rio de Janeiro. Graças à expertise desenvolvida em Velozes e Furiosos, ele foi convidado por J.J. Abrams para dirigir Star Trek Beyond – coincidentemente, seu último filme antes de Velozes e Furiosos 9. Será que veio daí a ideia de ir ao espaço? “Nosso trabalho é, a cada filme, ir um pouco além”, disse o diretor em abril, em entrevista a VEJA.
Como em todos os filmes da franquia, Dominic e companhia dirigem por vários países. Desta vez, eles “passeiam” por uma selva na América Central, pelas ruas de Londres, Edimburgo, Los Angeles, Tóquio e Tiblissi, capital da Geórgia. A trilha sonora é embalada por muito hip-hop, e sobrou espaço até para a brasileira Anitta, que canta em espanhol e em inglês na faixa Furiosa. Outra bossa divertida na história são as referências à cultura pop e a outros filmes blockbusters, citados o tempo todo pelos personagens. Eles falam de Star Wars, O Senhor dos Anéis e até dos Minions. E a sinopse? Não importa. Após nove filmes, o público já tem informação suficiente para decidir se vai querer assistir ou não. Alguém resiste?
Da Veja.com