Em reunião ocorrida nesta quarta-feira (26), em Teresina, o ministro chamou a atenção para o prejuízo causado por quem recebia o benefício ilegamente.
O Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome no Brasil, Wellington Dias, informou que R$ 8 bilhões em recursos do Bolsa Família foram pagos ilegalmente para pessoas que não tinham o direito de receber o benefício.

A declaração ocorreu durante a reunião regional do Conselho Nacional de Assistência Social, ocorrida na tarde desta quarta-feira (26), no Centro-Sul de Teresina.
Ao reforçar seu propósito de erradicar a pobreza no país, o ministro afirmou que 1,5 milhão de pessoas foram retiradas do Bolsa Família por não cumprir os requisitos do benefício. Além disso, outras 1,2 milhão tiveram o cadastro bloqueado. O ministro explicou que após o bloqueio, há um prazo de 60 dias para que as pessoas comprovem que estão nos critérios para receber o auxílio do Governo Federal.
“Muitas destas pessoas tinham renda de oito a nove salários mínimos, isso significa oito bilhões de reais que estava sendo pago ilegalmente, o que constitui uma situação muito grave. Por isso, quero cuidar de quem está na extrema pobreza, com a inclusão de brasileiros que preenchem o requisito do benefício”, afirmou.
Wellington Dias também mencionou sobre quem recebia indevidamente Auxílio Gás, mas não soube informar quantas pessoas foram excluídas do benefício.
BRASIL NO MAPA DA FOME
Embora não tenha dado detalhes de como pretende retirar o país do mapa da fome até 2026, o ministro reafirmou seu compromisso com a pauta.
Segundo ele, é contraditório um grande produtor agrícola como o Brasil possuir 28% da população em situação de insegurança alimentar. Como proposta, Wellington Dias mencionou o aumento do número de ministérios.
“Grande parte da população não faz as três refeições diárias e uma quantidade muito grande de pessoas em desnutrição grave ou obesa. Então, o nosso ministério coordena a câmara integrada interministerial, que vai passar de 24 para 25 ministérios, para garantir uma política nacional em todas as áreas focada em construir um Brasil sem fome e, ao mesmo tempo, reduzindo a extrema pobreza”, pontuou.