Wellington Dias defende instalação da CPMI e cobra apuração sobre atos antidemocráticos

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Em Teresina, participando de reunião do Conselho Nacional de Assistência Social, Wellington afirmou que a apuração deve ocorrer “doa a quem doer”, mas pediu cautela para que a situação não prejudique o andamento das ações no país.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), defendeu nesta quarta-feira (26) a importância da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) instalada nesta pelo Congresso Nacional para apurar os atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília.

O presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez a leitura nesta quarta-feira (26) do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre os ataques golpistas ocorridos no dia 8 de Janeiro em Brasília.

Foto: Bárbara Rodrigues

“Com a Comissão Parlamentar de Inquérito a gente consegue ver o trailer, mas não o filme completo. Tudo o que o Brasil precisa nesse momento é estabilidade para o social. Não ter disputas internas e ter maior facilidade para as grandes reformas que o Brasil precisa. Então quando se tem um ambiente nervoso, isso termina causando prejuízo, mas ninguém deve fugir da responsabilidade, se tem algo a apurar, vamos apurar. O senador Rodrigo Pacheco, que é presidente do Congresso, se instalou, é porque tem requisitos. Agora é doa a quem doer, vai se tocar a investigação. Com respeito a lei, com cuidado para não se pré-julgar ninguém. É importante, seja quem for”, destacou Wellington Dias. 

Bolsa Família

O ministro ainda defendeu os bloqueios que estão sendo realizados de cadastros considerados irregulares no programa do Bolsa Família. Mais de 1,2 milhão de benefícios já foram bloqueados.

“Ninguém pode abrir mão de cumprir a lei, com bastante cuidado, muita responsabilidade, mas estamos falando de bilhões. Quando a gente fala que tirou um milhão de pessoas ilegalmente, estamos falando de R$ 8 bilhões. Imagine um escândalo de um pagamento ilegal de desvio de R$ 8 bilhões? Então não é razoável, pois de um lado tem gente que tem direito e tá passando fome”, declarou.

Foto: Bárbara Rodrigues

Wellington Dias disse que assim como estão sendo realizados os bloqueios, também estão cadastrando pessoas que realmente precisam.

“Estamos já nos aproximando um milhão de pessoas que estavam de fora e estamos trazendo, pessoas muito pobre mesmo, e nós estamos dando a mão. Às vezes quem não tem direito é uma pessoa que tem a renda baixa, mas não preenche o requisito, porque o Bolsa Família é para quem está na extrema pobreza, pessoas realmente mais pobres e são esses que queremos alcançar”, destacou.

Minha Casa Minha Vida

O ministro também informou que na próxima semana deve ser lançado pelo presidente Lula o edital de projetos para o programa Minha Casa, Minha Vida. A meta é atender 2 milhões de famílias até 2026.

“Na volta da Espanha o presidente Lula vai lançar o edital para os novos projetos, então a minha tarefa é cuidar da habitação social, é o Minha Casa Minha Vida faixa 1 e o programa nacional de Habitação Rural para fazer chegar habitação para quem não tem, quem está no Bolsa Família e Cadastro Único. Estou falando de atender as pessoas que estão na condição de pobres ou extremamente pobre, que agora vão poder ter um patrimônio que provavelmente sua família nunca teve na vida. O presidente vai colocar uma casa de R$ 100 mil, onde o governo está liberando R$ 95 mil e a pessoa vai pagar R$ 5 mil. Em 15 anos vai pagar uma prestação de 30 a 40 reais. Acredito que na próxima semana a gente tem o lançamento do edital”, destacou.

Assistência social

Durante o evento em Teresina o ministro afirmou que no momento trabalha para fortalecer o Sistema Único de Assistência Social (Suas).

“Hoje estamos caminhando em uma linha de preparação. Houve um corte nessa relação do governo federal com os municípios. Agora vamos garantir o que é essencial, um cadastro único atualizado, com qualidade para que todas políticas, não só o Bolsa Família, mas que todas possam chegar a quem mais precisa. Temos uma tarefa gigante de organizar dois novos sistemas, os cuidados de famílias e o sistema de inclusão sócioeconômica, onde além de cuidar dos mais pobres, abrir a oportunidade para o emprego e empreendedorismo para tirar essas pessoas do sistema de pobreza extrema. E nesse evento vamos ter um planejamento com integração dos municípios e o Governo Lula”, explicou.

Ele revelou que na próxima sexta-feira se reúne com os governadores do Nordeste para discutir ações para a região.

Por Bárbara Rodrigues – Cidadeverde.com

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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