Wellington Dias denuncia a ONU falta de sedativos em 11 Estados

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O governador do Piauí lidera o Consórcio Nordeste e deu os encaminhamentos na reunião realizada com a Organização das Nações Unidas na sexta (16).

O governador Wellington Dias (PT) participou na sexta-feira (16), em Brasília, de uma reunião com a Secretária Geral Adjunta da Organização das Nações Unidas, Amina Mohammed e com os dirigentes do Sistema ONU com a finalidade de buscar apoio internacional aos estados brasileiros, sobretudo, no que diz respeito à vacinação. Na ocasião, líder piauiense ainda sinalizou que faltam sedativos e analgésicos em 11 entes da Federação.

Wellington Dias

Presidente do Consórcio Nordeste e do Fórum de Governadores do Brasil, Wellington Dias protocolou a carta dirigida a ONU em que trata de estratégias feitas nos Estados para conter o coronavírus. “O vírus se propagou fortemente no Brasil e precisamos combinar com outra estratégia que é a vacinação”, diz.

A meta, segundo o governador, é alcançar no final de abril e início de maio com a vacinação do grupo de maior risco, que responde por 70% das internaçoes e adoecimento. “Estamos numa situação de filas para atendimento. Há dias que temos 6 mil pessoas na fila aguardando por vaga de UTI. São pessoas que morrem por falta de atendimento”, afirma o governador, enfatizando que o Brasil tem mortalidade elevada e já ultrapassou 12% de todos os óbitos do planeta.

Wellington Dias citou os contratos feitos entre Governo Brasileiro e o Consórcio  Covax Facility, da ONU. Neste contrato, Dias afirma que o Brasil teria 42 milhões de doses. “Sabemos da necessidade que o mundo inteiro enfrenta na entrega de vacinas e pelo cronograma da entrega na primeira fase, nosso país teria direito a 9.100.000 doses da Astrazeneca que viria da Coréia, recebemos 1 milhão de doses e termos cerca de 8,1 milhões para receber”, explica o governador, que solicitou um cronograma definindo o que é possível entregar nos meses de abril e maio.

Por fim, o líder piauiense manifestou o compromisso da ONU em ajudar o Brasil. “A ONU manifestou seu interesse em ajudar o Brasil neste momento porque nós sempre nos incorporação às forças da ONU em missões humanitárias em outros países e continentes”, apontou. 

ESTADOS SEM ANALGÉSICOS E SEDATIVOS

Wellington Dias ainda sinalizou que  11 estados do país estão sem analgésicos e sedativos. “A gente precisa de um apoio por parte da ONU na área dos insumos. São 11 estados neste instante no Brasil em que pacientes estão hospitalizados e faltam analgésicos, sedativos, em alguns lugares oxigênio, ou seja, da necessidade de a ONU ter também essa ajuda humanitária nessa direção”, declarou Dias.

Durante a reunião, o governador do Maranhão, Flávio Dino, pediu que a ONU atuasse em favor da quebra de patentes para que vacinas e ifa sejam produzidos mais rapidamente pelos países. 

“A ONU disse que vai dialogar com a União Europeia, China e Índia para buscar garantias ao Brasil na prioridade de entrega de vacinas”, afirmou Dias.

Para Wellington Dias,  situação do Brasil em relação à covid-19 virou um problema mundial. “Solicitamos essa agenda por compreender que o Brasil vive uma situação particular. Não é mais um problema só do Brasil, é do mundo”, disse

PRODUÇÃO DO IFA NO BRASIL 

O governador citou ainda os esforços do Brasil para produção de IFA já com fase de testes prevista para maio.

Há esforço no Brasil para termos condição de produção de IFA já com fase de teste prevista para maio, será bom para o Brasil e para o mundo. Wellington falou ainda que a proposta é sensibilizar a ONU da necessidade de ajuda humanitária ao Brasil e também aos EUA que têm produção da Astrazêneca já realizada e não está em uso no território americano e que essas vacinas poderiam ser usadas no Brasil e em outros países com baixo índice de vacinação.

Na reunião, Wellington falou da importância do Instituto Butantan, responsável por 80% das vacinas entregues no Brasil. Mas é necessário garantir a produção com a aquisição de IFAS para que a aplicação da segunda dose não seja prejudicada.

O governador também pediu apoio da ONU para aquisição de insumos, pois há 11 estados em que pacientes estão internados e faltam remédios, oxigênio.

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