O preço do botijão disparou 90% desde março. A alta nos preços dos combustíveis é generalizada. A gasolina foi reajustada em 0,4% nos postos na semana passada e o etanol, em 0,82%
O gás de cozinha já custa mais caro para o consumidor, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) referente à semana de 3 a 9 de outubro, após o aumento de preço pela Petrobras, anunciado na última sexta-feira (8).
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O impacto, porém, ainda não foi total, já que o reajuste passou a valer nas refinarias da estatal apenas no sábado, 9, último dia de coleta dos dados pela ANP. Segundo a agência, o botijão de 13 quilos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) chega a custar R$ 135 e a média geral do preço passou de R$ 98,47 para R$ 98,67.
Desde março deste ano, o combustível já subiu cerca de 90%. O preço mais alto (R$ 135) é encontrado no município de Sinop/MT e o mais baixo (R$ 74,00) em Saquarema/RJ.
A gasolina, também reajustada neste sábado pela estatal, subiu em média 0,4% nos postos, com preços variando de R$ 4,690 (Cascavel/PR) a R$ 7,249 (Bagé/RS). No ano, a gasolina registra alta de 57,3%.
Após 95 dias sem reajuste, a Petrobras voltou a anunciar aumento de preço para o GLP em 7,2%. A gasolina foi reajustada no mesmo porcentual e, na terça-feira anterior, revisou o valor do óleo diesel em 9%.
ETANOL
Os preços médios do etanol hidratado subiram em 17 Estados e no Distrito Federal na semana entre 3 e 9 de outubro, de acordo com a ANP. Em outros 7 Estados, os preços recuaram. A cotação no Amapá permaneceu estável e não foi possível calcular a variação em Roraima porque não houve levantamento no Estado na semana anterior.
Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol subiu 0,82% na semana em relação à anterior, de R$ 4,736 para R$ 4,775 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do hidratado ficou em R$ 4,564 o litro, alta de 0,57% ante a semana anterior.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 4,09 o litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 4,519, foi registrado em Mato Grosso.
O preço máximo, de R$ 7,099 o litro, foi verificado em um posto do Rio Grande do Sul. O maior preço médio estadual também foi o do Rio Grande do Sul, de R$ 6,245.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 3,56%. O Estado com maior alta no período foi o Rio de Janeiro, onde o litro subiu 8,44% no mês. Na apuração semanal, a maior alta de preço também foi observada no Rio de Janeiro, com avanço de 4,24%, para R$ 5,856 o litro.
GASOLINA X ETANOL
A gasolina foi mais competitiva que o etanol em todos os Estados apurados e no Distrito Federal na semana passada, mostra levantamento da ANP.
Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 78,06% ante a gasolina. O levantamento captou apenas parcialmente o efeito do reajuste da gasolina nas refinarias pela Petrobras, já que os novos preços passaram a valer em 9 de outubro, último dia da coleta de dados.
Diário do Comércio