No documento, trabalhadores da empresa chamaram o bilionário de “distração e constrangimento”
A empresa de foguetes SpaceX demitiu pelo menos cinco funcionários depois de descobrir que eles redigiram e distribuíram uma carta criticando o fundador Elon Musk e pedindo aos executivos que tornem a cultura da empresa mais inclusiva, disseram duas fontes.
A SpaceX não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
A presidente da empresa, Gwynne Shotwell, enviou um e-mail dizendo que a empresa havia investigado e “demitido vários funcionários envolvidos” com a carta, informou o New York Times nesta semana.
Conforme publicou o NYT, o e-mail de Shotwell dizia que os funcionários envolvidos na divulgação da carta foram demitidos por fazer outros funcionários se sentirem “desconfortáveis, intimidados, oprimidos e/ou irritados porque a carta os pressionou a assinar algo que não refletia suas opiniões”.
A Reuters não pôde confirmar de forma independente a reportagem.
O documento, intitulado “Carta aberta aos executivos da SpaceX”, vista pela Reuters, chamou Musk de “distração e constrangimento” para a empresa.
Em uma lista de três demandas, o material disse que “a SpaceX deve se separar rápida e explicitamente da marca pessoal de Elon”, “manter toda a liderança igualmente responsável por tornar a SpaceX um ótimo lugar para trabalhar para todos” e “definir e responder uniformemente a todas as formas de comportamento inaceitável”.
A carta, relatada pela primeira vez pelo The Verge, foi redigida por funcionários da SpaceX nas últimas semanas e compartilhada como anexo em um bate-papo interno em um grupo chamado “Morale Boosters” que reúne milhares de funcionários, disse uma fonte.
Grande parte das operações comerciais diárias da empresa são lideradas pela presidente da SpaceX, Gwynne Shotwell. Ela prometeu aplicar os padrões de “tolerância zero” da SpaceX contra o assédio de funcionários.
CNN