A psicopedagoga Arianne Lara explica como brincadeiras tradicionais podem ajudar no desenvolvimento da criança.
Com o avanço das tecnologias, especialmente a partir do início da última década, as crianças substituíram as bonecas e os carrinhos pelas telas de celulares, notebooks e tablets. Já não é tão comum ver a criançada brincando de esconde-esconde, gastando energia ou interagindo umas com as outras, pois elas estão cada vez mais isoladas no mundo digital.

A Dona Maria José produz bonecas de pano há cerca de cinco anos. Apesar das clientes ficarem encantadas com o seu trabalho, ela afirma que os itens são mais procurados para decoração, porque as meninas já não tem tanto interesse nestes brinquedos.
“Antes, as crianças brincavam mais. Agora, basta entregar o celular que elas ficam o dia inteiro nele. Acredito que o uso excessivo é prejudicial”, disse.
A artesã tem razão. O mal uso destes aparelhos pode comprometer o desenvolvimento do público infantil. Os pais devem repassar aos pequenos o costume de divertir com brinquedos diversos, a fim de estimular a imaginação.
Sobre este assunto, o site ClubeNews conversou com a psicopedagoga Arianne Lara, que forneceu dicas sobre brincadeiras saudáveis para a criançada.
DESPERTE A CRIATIVIDADE

Explorar o potencial criativo das crianças é uma das funções das brincadeiras. Para isso acontecer, não é preciso ir até uma loja para comprar brinquedos.
Uma caixa de papelão pode virar um carrinho, um par de meias se transforma em uma bola. Independente do material, o importante é a garotada deixar a imaginação fluir.
“Os pais devem priorizar o brinquedo que funciona movido pela energia da própria criança, por sua capacidade criadora. É interessante investir na natureza e em materiais não estruturados”, disse Arianne.
EVITE O ISOLAMENTO
Um dos males criados pelas tecnologias foi a aproximação virtual das pessoas e o distanciamento entre elas no mundo real. Permitir o uso de aparelhos, como celular e tablet, pode ser nocivo ao desenvolvimento social, emocional e intelectual da criança, além de gerar ansiedade e até mesmo depressão.
Por isso, a psicóloga aconselha os pais a incentivarem o convívio social e, sempre que possível, participar das brincadeiras com os filhos.
“Devemos evitar brinquedos com os quais as crianças brinquem sozinhas e fiquem impossibilitadas de criar, tais como os brinquedos industrializados e automáticos”, alertou.
Fonte: Portal Clube News