Para o conselho os municípios estão encontrando resistência da população em procurarem as doses de reforço.
A vice-presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Piauí (Cosems-PI) , Leopoldina Cipriano, afirmou que o aumento de casos de Covid-19 está preocupando, e reforçou a necessidade de vacinação das doses de reforço. Ela informou que muitos municípios já estão preparando decretos com restrições para o uso de máscara em locais fechados.
Segundo Leopoldina Cipriano, existe um esforço por parte dos secretários em mobilizar as pessoas para a campanha de vacinação, mas que eles estão encontrando resistência por parte da população para garantir as aplicações das doses de reforço. Ela explicou ainda que os municípios já estão elaborando os decretos municipais para o uso de máscara em locais fechados, seguindo o decreto estadual publicado pela governadora Regina Sousa (PT) após o aumento de casos.
“A gente acredita que a população está mais tranquila porque nesse período ocorreu uma redução de casos, com retirada da máscara em ambientes fechados e abertos, aí a população relaxou. Até mesmo nós profissionais de saúde reduzimos a nossa preocupação, e com o crescimento estamos sendo obrigados a voltar usar máscara em ambientes fechados, tanto que os municípios estão elaborando os decretos para publicar na próxima semana, do uso obrigatório de máscara, pois o crescimento foi de mais de 700% nos últimos dias no Piauí”, afirmou.
Leopoldina Cipriano é secretária de Saúde do município de Miguel Alves, e afirmou que esse alta na infecção já tem afetado municípios que estavam há meses sem registrar a doença.
“Em Miguel Alves estávamos com quase três meses sem registrar casos de covid, e no sábado passado os médicos plantonistas já nos relataram dois casos de covid, então a gente precisa alertar a população que o uso da máscara é obrigatório e que a dose de reforço, para todo mundo que está no prazo, deve ser tomada”, destacou.
Atualmente existem 18 pessoas internadas por Covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Com essa alta nos casos, está sendo esperado também um aumento nas internações, principalmente de pessoas que ainda não se vacinaram.
“Os efeitos são menores, mas há sim a possibilidade de crescimento de casos de pacientes que precisam de leitos de UTI. A gente observou que muitos desses pacientes não estão imunizados, e que mesmo com a vacinação avançadíssima na primeira e segunda dose, ainda tem usuários que por fator religioso ou político, desacreditam na vacina e não tomaram nem a primeira dose, são esses pacientes que são acometidos com covid e casos mais graves”, explicou.
A secretária disse que mesmo com vacinação, é possível pegar covid, mas os sintomas são amenizados, garantindo na maioria dos casos, que não haja necessidade de internação.
“A vacina não garante a imunidade 100% do usuário que é vacinado, então a gente tem que garantir a dose de reforço assim como a gente fez com a influenza que é uma vacina que hoje está no calendário oficial da Saúde como rotina, onde anualmente tem que ser disponibilizada para professores e idosos para tomar a vacina, e acreditamos que assim que vai acontecer com a vacina da covid-19. Então chamamos a população para a terceira e quarta dose. A sintomatologia é menor. Eu tive covid após a terceira dose, e os sintomas forma muito brandos, eu quase não tive sintomas, só senti dores de cabeça, e dor no corpo bem menos. A ciência comprova isso, quando você está com a vacinação em dia, os sintomas são menores”, destacou.
Por Bárbara Rodrigues/Cidadeverde.com