Lula publica decreto que aumenta imposto sobre armas de fogo e munições

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Governo espera aumentar arrecadação e desestimular o armamento para a população civil.

O presidente Lula emitiu um decreto que aumenta a tributação sobre armas de fogo e munições, com o principal objetivo de desencorajar a posse de armas por parte da população civil. Essa alteração afeta a tabela que estava em vigor desde julho do ano passado.

Naquela época, o ex-presidente Jair Bolsonaro estabeleceu a alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para armas de fogo em 29,25%. De acordo com o decreto publicado na terça-feira, 31 de outubro, a alíquota será elevada para 55%.

A nova taxa incidirá sobre uma variedade de armas, incluindo revólveres, pistolas, espingardas, carabinas, lançadores e spray de pimenta.

Além disso, o governo também aumentou a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicado às munições. O imposto sobre cartuchos e todas as partes que compõem a munição foi elevado de 13% para 25%.

A nova tributação tem o potencial de contribuir para o aumento da arrecadação do governo. De acordo com estimativas do Ministério da Fazenda, nos próximos três anos, a Receita Federal poderá arrecadar R$ 1,1 bilhão com essa medida, que entrará em vigor em 1º de fevereiro de 2024.

Além disso, ao anunciar o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o governo também divulgou informações atualizadas sobre o recadastramento das armas em circulação no país. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em cinco meses, foram recadastradas 939 mil armas, representando 99% do total.

Em janeiro deste ano, um outro decreto suspendeu registros para aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito pelos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), e para particulares: reduziu de seis para três a quantidade de armas permitidas para o cidadão comum, e ainda suspendeu a concessão de novos registros de clubes de tiros.

O conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Roberto Uchôa, avalia que o governo está implementando medidas corretas para conter a circulação de armas no país. Ele alerta, porém, que o controle ainda tem brechas que precisam ser fechadas.

“Já há sinais de que armas foram desviadas para criminosos. A gente tem o problema do recadastramento onde parece que seis mil armas de calibres restritos, que são os calibres mais perigosos, mais restritos justamente pelo poder que eles têm de destruição, de causar impacto, não foram recadastradas. Então é preciso que o governo vá atrás dessas armas. Saber por que não foram recadastradas. Acho que tem muito a ser feito, mas o governo está trilhando o caminho certo com seu objetivo de controlar melhor o mercado de armas de fogo no Brasil”, argumentou.

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Sede própria da Câmara de Jerumenha será inaugurada na quarta-feira, 10 de dezembro

Por Gleison Fernandes - Jornalismo da UCA. A Câmara Municipal de Jerumenha inaugura, na quarta-feira, 10 de dezembro, sua sede...

Wellington Dias: “SUAS foi decisivo para tirar o Brasil do Mapa da Fome”

Evento celebra 20 anos do SUAS e reúne especialistas, gestores e sociedade civil para debater avanços e desafios da...

Mulheres vão às ruas em todo país para protestar contra o feminicídio

Mobilização nacional foi convocada após crimes recentes Mulheres de diversas cidades brasileiras irão às ruas neste domingo (7) para denunciar...

Cid Gomes contraria Ciro e apoia reeleição de petista ao Governo do Ceará

Cid também classificou como “constrangedora” a aproximação de Ciro com apoiadores do Jair Bolsonaro. O senador Cid Gomes (PSB-CE) anunciou...
spot_img

Inscrições do concurso do IBGE encerram dia 11 de dezembro

As vagas estão distribuídas em todas as agências do IBGE no estado. O prazo para inscrição no Processo Seletivo Simplificado...

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários

Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus...
spot_img

Posts Recomendados