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Menstruação: entenda como o ciclo impacta no seu humor e tenha uma rotina mais leve

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Qual mulher nunca percebeu alterações de humor e comportamento antes da chegada da menstruação?

A famosa Tensão Pré-Menstrual (TPM) costuma provocar irritação, ansiedade e tristeza, sintomas que podem afetar várias atividades do dia a dia e até mesmo os relacionamentos interpessoais. 

Segundo o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo, a fase é marcada por um aumento na produção de progesterona, fato que causa uma série de alterações hormonais que variam de mulher para mulher. “Por isso algumas ficam mais estressadas, enquanto outras se mostram melancólicas”, explica o médico. Não é só a TPM, entretanto, que causa mudanças comportamentais.

Outras etapas do ciclo menstrual também interferem no humor feminino. A ginecologista Juliana Sperandio, médica da Clínica Alira, detalha as quatro fases a seguir: 

Imagem: iStock

Menstruação: o primeiro dia do ciclo menstrual e todos os hormônios sexuais – FSH, LH, estrogênio e progesterona – estão nos níveis mais baixos. Algumas mulheres se sentem mais ativas nessa fase, pois os incômodos da TPM vão decaindo. Quando não há gestação, ocorre a descamação do endométrio (camada interna do útero), gerando a menstruação.

Pré-ovulação: aumento da secreção de estrogênio, hormônio que prepara o corpo para a ovulação e fecundação (encontro entre óvulo e espermatozóide). Há um aumento gradativo da libido, da disposição física e mental e do humor, de modo geral. Pele e cabelo ganham mais brilho. Outras caraterísticas são a maior lubrificação vaginal e a secreção vaginal mais fluida – fatores que preparam o corpo para uma possível gravidez.

Ovulação: ocorre normalmente 14 dias antes da menstruação. Neste dia a temperatura corporal aumenta discretamente e a secreção vaginal modifica, e a libido fica em alta. O olfato e o paladar também se tornam mais aguçados. É um momento de mais pique para as atividades.

Pós-ovulação: há aumento da secreção de progesterona, hormônio que prepara o corpo para a gestação. A mulher pode sentir seu corpo diferente, como por exemplo desconforto nas mamas, eventualmente inchaço, libido e energia menos evidentes, secreção vaginal mais espessa. Nervosismo, energia baixa e sensação de moleza podem acometer algumas mulheres, além de dor de cabeça, alterações no apetite e até insônia. É um período de mais recolhimento – sim, trata-se da fase da TPM.

Como prevenir os sintomas desconfortáveis?

Não existe uma fórmula mágica para curar esses instintos, mas é possível levar um estilo de vida mais equilibrado para melhorar a intensidade dos sintomas. “Dormir melhor, de preferência um sono mais longo, praticar atividade física, evitar o sedentarismo, e tirar da rotina o consumo em excesso de chocolate,cafeína, álcool e carboidrato são ações que podem ajudar”, diz Alexandre.

O especialista ressalta que “ao praticar esporte, o organismo libera uma quantidade significativa de endorfina, fator de proteção importante que ajuda a controlar os efeitos adversos provocados pela TPM. Sem contar que manter cuidados com a vida profissional, dinheiro, família e relacionamentos, no geral, com certeza contribuem para levar o dia a dia com maior qualidade e menos impactos emocionais”, complementa o ginecologista.

Juliana Sperandio sugere que durante a fase mais sensível a mulher foque em re-equilibrar o corpo em atividades que amenizam os sintomas, como ioga, e invista em alimentos ricos em precursores da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. Banana, abacate, abacaxi, castanhas, cacau, algas marinhas e vegetais escuros são perfeitos para evitar que os sintomas aumentem.

Por fim, o mais importante é que a mulher entenda e respeite seu corpo, perceba como ele funciona, quais são as alterações esperadas de acordo com o ciclo hormonal e que identifique quando existem sinais e sintomas que estejam comprometendo sua qualidade de vida. E, claro, que busque sempre uma ginecologista de confiança para acompanhar sua saúde, e para ser escutada e cuidada, pois TPM não é frescura. 

Fontes: Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio Libanês e Hospital Albert Einstein, e Juliana Sperandio, médica da Clínica Alira, ginecologista, obstetra e especialista em Cirurgias Minimamente Invasivas pela Universidade de São Paulo (USP).

Do Altoastral/Julia Natulini

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