PT desiste de urnas eletrônicas e fará eleição com cédulas de papel

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Partido não conseguiu equipamentos com a Justiça Eleitoral.

O Partido dos Trabalhadores (PT) optou por utilizar cédulas de papel em sua eleição interna marcada para o dia 6 de julho. A decisão foi tomada pela Executiva Nacional da legenda, após dificuldades em obter urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral.

A direção do partido chegou a solicitar os equipamentos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas apenas 16 unidades da federação autorizaram o empréstimo. Como não seria possível padronizar o processo em todo o país, o partido decidiu adotar um sistema único de votação manual.

PT desiste de urnas eletrônicas e fará eleição com cédulas de papel

O pedido formal às autoridades eleitorais foi feito em março, durante encontro com a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia. No entanto, ela esclareceu que a decisão caberia aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada estado. Quatro deles – Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco – recusaram o empréstimo, enquanto sete ainda estavam em negociação: Roraima, Santa Catarina, Piauí, São Paulo, Paraná, Tocantins e Acre.

Segundo os TREs, os principais entraves para liberar o uso das urnas foram preocupações com segurança e questões logísticas. Tradicionalmente, os tribunais cedem os equipamentos gratuitamente, mas os custos operacionais ficam a cargo da entidade solicitante.

O PT tinha a intenção de usar urnas eletrônicas por acreditar que o sistema garantiria maior precisão na contagem dos votos. A eleição deverá envolver cerca de 3 milhões de filiados, número divulgado pelo próprio partido. Estão aptos a votar os filiados que ingressaram até 28 de fevereiro deste ano.

– Como a Justiça Eleitoral não teve condições de disponibilizar as urnas eletrônicas para a realização do PED [Processo de Eleição Direta] em todos os municípios do Brasil decidimos manter nosso PED com voto em cédula – disse o secretário-geral nacional do PT, Henrique Fontana (PT-RS), ao site Poder360.

Após 12 anos, o PT volta a realizar uma eleição direta com participação ampla dos filiados. O primeiro turno será no dia 6 de julho, e o segundo, se necessário, está previsto para o dia 20 do mesmo mês.

O processo elegerá o novo presidente nacional da sigla. O nome mais forte na disputa é o do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ligado à corrente majoritária CNB (Construindo um Novo Brasil). Outros quatro candidatos também concorrem: Rui Falcão (deputado federal por SP), Romênio Pereira (secretário de Relações Internacionais do PT), Valter Pomar (dirigente nacional) e Dani Nunes (suplente de vereadora no Rio).

Nas últimas eleições internas, realizadas em 2017 e 2019, a presidência do partido foi ocupada por Gleisi Hoffmann, que venceu por meio de um sistema de votação híbrido com o apoio de Lula.

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

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