Imposto zero para alimentos da cesta básica vai aliviar bolso dos mais pobres

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Medida, que beneficia diretamente a população de baixa renda, começa a valer em 2027 e é vista como avanço no combate à fome

Notícia boa para o bolso dos brasileiros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei Complementar (PLC nº 68/2024) que regulamenta a Reforma Tributária. A medida representa um importante passo no combate à fome e à insegurança alimentar com a isenção total de impostos sobre os alimentos da cesta básica. A legislação entra em vigor a partir de 2027 e beneficiará diretamente a população de baixa renda, que destina grande parte do orçamento doméstico para a compra de alimentos.

A nova lei zera os impostos de itens essenciais como arroz, feijão, carnes, farinha de mandioca, farinha de trigo, açúcar, macarrão, pão comum, leite e diversos tipos de queijo. Além desses, também foram incluídos na lista: café, óleo de babaçu, frutas, legumes, verduras e ovos. Na prática, a medida significa que esses produtos ficarão mais baratos, aliviando o orçamento das famílias mais pobres, uma das prioridades do Governo Federal.

Foto: Felipe Barros/ExLibris/Secom-Prefeitura de Itapevi-SP

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou o impacto positivo da medida na renda dessas pessoas. “O MDS comemora a isenção de impostos para produtos da cesta básica, incluindo proteínas como carnes. Isso garante a segurança alimentar dos brasileiros, principalmente dos mais pobres, e ajuda a reduzir a desigualdade”, disse.

Embora a lei já tenha sido sancionada, os efeitos práticos da isenção de impostos só serão sentidos pela população a partir de 2027. De acordo com o presidente Lula, esse período é necessário para que o governo, as empresas e a sociedade se adaptem à nova regulamentação tributária.

Para a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Lilian Rahal, a medida evidencia a importância de políticas públicas que fomentam a promoção e o acesso a alimentos de qualidade.

“A reforma tributária coroa um processo de conscientização da população brasileira sobre a importância de uma alimentação saudável. Para alcançarmos esse objetivo, é fundamental o Governo Federal, Congresso e sociedade civil caminharem juntos na promoção de políticas públicas que incentivem e facilitem o acesso a alimentos saudáveis”, explicou Rahal.

Foto: Lyon Santos/ MDSAgricultura familiar

A Reforma Tributária também contempla o meio rural com medidas que incentivam a produção e o desenvolvimento econômico. Biofertilizantes, bioinsumos, sementes e diversos serviços para produtores rurais estarão livres de impostos.

Agricultores familiares foram isentos do IBS (Imposto Sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição Sobre Bens e Serviços), tornando-os não contribuintes. Negócios rurais, como cooperativas e associações, com faturamento anual inferior a R$ 3,6 milhões, também serão dispensados do IVA.

Cashback para os mais pobres

Para combater a desigualdade social, a Reforma Tributária prevê o cashback, um sistema de devolução de impostos sobre itens essenciais, como o gás de cozinha. Essa medida beneficiará 94 milhões de pessoas e 41 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único, proporcionando um alívio no orçamento familiar.

“O cashback aprovado na Reforma é dinheiro no bolso de 94 milhões de pessoas e 41 milhões de famílias do Cadastro Único. Ao pagar impostos sobre gás, combustível e outros produtos, o consumidor receberá um valor de volta, definido pelo governo”, explicou Wellington Dias.

Alimentos com imposto zero

A lista de produtos que compõem a nova Cesta Básica de Alimentos com zero imposto é extensa e contempla itens fundamentais para a alimentação diária. Entre eles, estão:

Cereais, leguminosas, raízes e tubérculos:

Arroz, feijões (carioca, preto, branco, vermelho), farinha de mandioca e tapioca, farinhas, grumos e sêmolas de milho, farinha de trigo, macarrão (versão minimamente processada), aveia (farinhas e grãos).

Laticínios:

Leite integral, desnatado e semidesnatado fluido e concentrado, manteiga, margarina, queijos (muçarela, minas, prato, coalho, ricota, requeijão, provolone, parmesão, fresco e do reino).

Carnes e ovos:

Ovos, carnes bovinas, suínas, ovina, caprina, de aves e peixes.

Outros:

Café, óleo de babaçu, pão de sal, sal, erva-mate e hortifruti.

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
Acompanhe nossa coluna no Portal Cidade Luz e fique por dentro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Governo Lula prevê gasto de até R$ 50 milhões em campanha publicitária para afirmar que não quis taxar o PIX

Rádios, TVs e redes sociais. Uma campanha publicitária, com orçamento de até R$ 50 milhões, está sendo preparada pelo governo...

Padre Fábio de Melo diz estar batalhando contra a depressão: “Vontade de deixar de viver”

Em evento religioso, padre compartilha com fiéis sua luta contra a doença e renova sua fé. Em um momento de...

Disque 100 registrou 2,4 mil casos de intolerância religiosa em 2024

Número de violações cresce 66,8% em um ano. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulgou, nesta terça-feira...

Secretário da Educação do Piauí apresenta projeto sobre ensino de IA na Bett Show, em Londres

O evento, realizado de 22 a 24 de janeiro, é um dos principais encontros globais de educação e tecnologia. O...
spot_img

Vacinação contra gripe é prorrogada até 31 de janeiro na Região Norte

Estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas A vacinação contra a gripe foi prorrogada na região Norte até...

Governo Lula pede, e TikTok derruba vídeo falso sobre ‘taxar os pobres’

Na semana passada, ministro confirmou que o governo pretendia acionar a Justiça contra quem publicasse fake news e golpes...
spot_img

Posts Recomendados