O evento foi uma realização da Secretaria Municipal de Saúde e reuniu profissionais da rede, assim como, autoridades políticas, idosos, diretores, professores, alunos e membros da sociedade.
A cidade de Guadalupe encerrou nesta quarta-feira, 25, as suas atividades voltadas ao “Setembro Amarelo”. Durante o mês, a secretaria e seus profissionais realizaram diversas ações, e o encerramento desta programação se deu no final da tarde desta quarta (25), com uma caminhada que saiu em frente ao Posto Santa Teresinha (Av. Manoel Ribeiro), seguindo até em frente ao Estádio Júlio César, onde foram realizadas pequenas palestras com as psicólogas Naira Cândida e Vitória Caroline.
O evento contou com a presença do secretário de saúde, Paulo Rocha, da prefeita Neidinha Lima, enfermeira Jucilene Andrade (Coordenadora da Atenção Básica de Saúde), vereadoras Luciana Martins e Hélvia Almeida, secretários e assessores municipais, além de vários servidores da rede municipal de saúde, diretores, professores, alunos, idosos do C.C.I, conselheiras tutelares, a comunidade em geral, e a participação especial do SAMUZINHO (Crianças caracterizadas com uniformes do SAMU).
A prefeita Neidinha Lima e o secretário Paulo Rocha agradeceram a participação de todos, e lembraram da importância do engajamento dos servidores da saúde neste tema tão importante, que é a prevenção do suicídio e a valorização da vida. “Todos devemos estar atentos e disponíveis para ajudar a quem passa por uma depressão, é nesse momento que precisamos ser solidários”.
As psicólogas informaram de maneira rápida a forma de se identificar os primeiros sinais de quem passa por uma depressão, é preciso saber ouvir e acolher estas pessoas de forma especial. Elas lembraram que muitas situações que são superadas facilmente pela maioria dos seres humanos, já tem uma carga emocional muito forte em outras pessoas, fazendo com que situações até então tidas corriqueiras se tornam uma verdadeira batalha para alguns indivíduos.
Sobre o suicídio
Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Os mesmos dados ainda afirmam que cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida no mundo, a cada ano.
Mesmo se tratando de um grave problema de saúde pública, os suicídios podem ser evitados se identificado em tempo prévio.
Quais os sinais quando alguém pensa em suicídio?
Comportamentos diretos
Tentativas de suicídio anteriores
Mudanças repentinas de comportamento
Ameaça de suicídio ou expressão/verbalização de intenso desejo de morrer
Ter um planejamento para o suicídio
Sinais observáveis de depressão
Oscilação de humor
Pessimismo
Desesperança
Desespero
Desamparo
Ansiedade, dor psíquica, estresse acentuado
Problemas associados ao sono (excessivo ou insônia)
Intensa raiva
Desejo de vingança
Sensação de estar preso e sem saída
Isolamento: família, amigos, eventos sociais
Mudanças dramáticas de humor
Falta de sentido para viver
Aumento do uso de álcool e/ou outras drogas
Impulsividade e interesse por situações de riscos
Comportamentos indiretos
Desfazer-se de objetos importantes
Conclusão de assuntos pendentes
Fazer um testamento
Despedir-se de parentes e amigos
Casos extremos de irritabilidade, culpa e choro
Fazer carteira de doação de órgãos
Comprar armas, estocar comprimidos
Fazer seguro de vida
Colocar coisas em ordem
Súbito interesse ou desinteresse em religião
Fechar a conta corrente
Verbalização direta
“Eu quero morrer.”
“Gostaria de estar morto.”
“Vou me matar.”
“Se isso acontecer novamente, prefiro estar morto.”
“A morte poderá resolver essa situação.”
“Se ele não me aceitar de volta, eu me matarei.”
“Quero sumir. Não aguento mais! Só morrendo mesmo para aguentar.”
Verbalização indireta
“Se isso acontecer novamente, acabarei com tudo.”
“Eu não consigo aguentar mais isso.”
“Você sentirá saudades quando eu partir.”
“Não estarei aqui quando você voltar.”
“Estou cansado da vida, não quero continuar.”
“Tudo ficará melhor depois da minha partida.”
“Não sou mais quem eu era.”
“Logo você não precisará mais se preocupar comigo.”
“Ninguém mais precisa de mim.”
“Eu sou mesmo um fracassado e inútil. Tudo seria melhor sem mim.”