Presidente Lula e ministra Nísia Trindade fazem balanço da recuperação da saúde

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Programa foi dedicado ao detalhamento de medidas implementadas em 2023 para fortalecer o setor no país, como investimentos em vacinas e o combate às fake news

Retomada dos programas Farmácia Popular e Mais Médicos. Investimento em vacinação. Combate às fake news sobre saúde. Iniciativa para ampliar a produção de medicamentos, equipamentos e vacinas no Brasil. Formação de 180 mil agentes comunitários de saúde. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, apresentaram, no programa Conversa com o Presidente desta terça-feira, 12 de dezembro, um balanço das ações do governo na área da saúde em 2023.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

“O povo pode ter certeza que, ao terminar o nosso mandato, dia 31 de dezembro de 2026, a saúde vai estar em melhores condições do que está agora”, garantiu o presidente. “Tudo que nós queremos é que o povo, ao precisar de um médico, tenha um médico; ao precisar de um remédio, tenha um remédio, porque o povo com saúde aumenta a produção do país e a sua alegria”, completou.

Lula lembrou que o Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que tem um sistema público de saúde. E que já foi a nação mais competente em termos de vacinação no mundo. No entanto, nos últimos anos, o movimento antivacina se espalhou e muitos deixaram de se vacinar. Por isso, a ministra Nísia Trindade destacou o empenho da pasta para reverter esse cenário.

“Nós estamos aumentando a cobertura. Fizemos planejamentos e ações locais, vimos o que faltava. Temos tido um aumento já consolidado em algumas vacinações. É o caso do HPV para adolescentes, que estava muito baixa no governo passado. Tivemos um aumento de 60% nessa cobertura neste ano”, afirmou Nísia.

Nessa categoria, há esforços para combater as fakes news que são disseminadas sobre as vacinas. “É importante que a gente diga que é necessário criminalizar a pessoa que está contando mentiras sobre uma questão tão importante que é a gente vacinar o povo brasileiro, sobretudo as crianças”, disse Lula.

O Governo Federal também está atuando para reduzir a dependência brasileira da produção internacional e assegurar o acesso à saúde. “É uma outra agenda que nós retomamos com força agora nesta gestão, unindo o setor público e o setor privado em parcerias para melhorar essa condição e para que a gente possa ter medicamentos, vacinas, equipamentos médicos produzidos no Brasil”, ressaltou a ministra.

Confira os principais trechos da participação de Nísia Trindade no Conversa com o Presidente:

INÍCIO DA GESTÃO — Eu encontrei quadros técnicos totalmente desestruturados. Quer dizer, pessoas qualificadas, muitas se aposentaram porque não viam condições de trabalhar. Nós não tínhamos o Programa Nacional de Imunização, que já fez 50 anos, que é um orgulho internacional, também nós tivemos que remontar. Muitas pessoas saíram e estava sem condições de funcionar. E tínhamos uma área muito afetada pela pandemia, a saúde mental. Nós estruturamos um departamento de saúde mental agora e estamos estruturando Centros de Atenção Psicossocial em todo o Brasil. Isso significa alguns centros novos, mas também apoio a centros que não tinham nenhum apoio do Governo Federal.

REESTRUTURAÇÃO — Nós realizamos muitas coisas e muitos resultados nós veremos melhor a partir do próximo ano, porque este foi um ano, em todo o governo, de reestruturação. Já retornamos com o Mais Médicos, um programa tão importante na atenção básica, na atenção primária de saúde. Chegaremos ao final deste ano com 28 mil médicos em todas as áreas do Brasil, com prioridade para aquelas áreas onde há falta de médicos, naturalmente. Esse número é recorde. E, junto com isso, as equipes do Brasil Sorridente, toda a estruturação da vacinação. Só para a população ter uma ideia também: as vacinas básicas para infância, vacina de pólio, de sarampo, essas doenças que voltaram a nos ameaçar, não havia em estoque. Então, nós tivemos que organizar tudo aquilo que a população precisa para um sistema funcionar.

VACINAS – Nós estamos aumentando a cobertura. Fizemos planejamentos e ações locais, vimos o que faltava. Temos tido um aumento já consolidado em algumas vacinações. É o caso de HPV para adolescentes, que estava muito baixa no governo passado. Tivemos um aumento de 60% nessa cobertura neste ano. É uma vacina muito importante para a prevenção do câncer de colo de útero. E nós estamos organizando o sistema de informação também. Em muitas vacinas, nós tínhamos uma cobertura de 90%. O Brasil passou a ter uma cultura de vacinação desde a década de 70, principalmente com a campanha de varíola. Essas coisas precisam de tempo e trabalho constante, e é isso que foi destruído.

COMBATE ÀS FAKE NEWS — O que nós fizemos foi criar um programa, que é o Saúde com Ciência, junto com a SECOM, a Advocacia Geral da União e com a Controladoria Geral da União, para que esses casos sejam investigados. Então, tudo isso é notificado, esse é um trabalho conjunto do governo. O esperado é que órgãos como o Conselho Federal de Medicina, que nós temos trabalhado juntos, também tomem atitude, porque são formas de agir que ferem totalmente a ética médica. E o pior: geram um pânico na população.

FARMÁCIA POPULAR — São 11 remédios no Farmácia Popular que são distribuídos. Nessa edição, todos os beneficiários do Bolsa Família recebem todos os medicamentos inteiramente gratuitos. Nós estamos com 180 novos municípios este ano, principalmente nas regiões Norte e Nordeste (80%). É um dos programas mais queridos da população, mais apreciados e a nossa ideia é aperfeiçoar cada vez mais, mas os números deste ano são muito importantes porque havia muitas farmácias descredenciadas. Hoje, a gente pode dizer que são 22 milhões de brasileiros atendidos pelo Farmácia Popular.

NOVOS REMÉDIOS — Também incorporamos vários medicamentos novos este ano para HIV/Aids. Fizemos isso também para doenças infecciosas, para doenças raras. Então, nós estamos avançando nisso, que é a atenção farmacêutica, fazer com que os melhores medicamentos possam chegar também à população.

INDÚSTRIA — O Brasil tem um gasto muito grande no SUS com importações. Na saúde, são R$ 25 bilhões de déficit da balança. E desde o seu governo, iniciou-se um processo para que nós tenhamos autonomia nessa produção. É uma outra agenda que nós retomamos com força agora nessa gestão, unindo o setor público e o setor privado em parcerias para melhorar essa condição e para que a gente possa ter esses medicamentos, vacinas, equipamentos médicos produzidos no Brasil. Isso também é parte do SUS. Nem sempre é visto, mas isso é fundamental para que o SUS seja sustentável também para que a gente garanta esse acesso de saúde.

FORMAÇÃO PROFISSIONAL — Estamos com muitos programas na área de trabalhadores da saúde. Hoje mesmo, vamos ter a formatura dos agentes comunitários de saúde. Eu vou para essa formatura. Haverá uma nova turma porque nem todos puderam ser atingidos por esse curso. É um curso junto com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde. Nós temos que organizar mensagens diretas para todos esses trabalhadores da saúde. Estamos, na área de saúde digital, com aplicativos para estar em contato permanente com esse grupo, passando as mensagens de saúde. Até porque nós temos que trabalhar com uma visão só, e as mensagens do Governo Federal precisam ser passadas para essa população.

AGENTES COMUNITÁRIOS – Na nova turma, são 180 mil pessoas em todo o Brasil, então, isso é uma potência. Ele é fundamental em várias frentes. O agente comunitário vai a campo, verifica novos problemas de saúde que surgem, também verifica pessoas que não se vacinaram para que tenham a carteira de vacinação em dia, então ele faz uma ponte entre a unidade de saúde e a população. O Brasil é visto como exemplo nisso. E é alguém da comunidade. Nós temos agentes comunitários de saúde indígena, que entendem, fazem parte da mesma cultura. E nós temos os agentes de endemias, que é aquele que vai na nossa casa e verifica se tem mosquito, criadouros de mosquito. Nós estamos agora, inclusive, com toda uma campanha em relação a dengue, zika e chikungunya, que são grandes ameaças no verão. Em todo o Brasil, nós estamos com essa mensagem. E esses agentes são muito importantes, porque eles vão à casa das pessoas e podem ajudar nesse controle.

Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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