O ex-presidente afirmou que Bolsonaro tem ‘relação apodrecida’ com milicianos que, ‘quem sabe’, mataram Marielle Franco.
O ex-presidente Lula (PT) disse há pouco a uma rádio da Paraíba que se preocupa em ser alvo de uma possível tentativa de assassinato por grupos bolsonaristas. A declaração foi dada em uma entrevista à Rádio Espinharas, de Patos (PB).
Ele respondia a apresentadora que lembrou que o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa disse que não duvidava da possibilidade de grupos radicalizados ligados a figura de Jair Bolsonaro (PL) tentarem assassinar o petista durante a corrida eleitoral deste ano.
Lula atacou Bolsonaro e relacionou o presidente a milicianos que, “quem sabe”, segundo ele, teriam tido relação com o assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. No fim da resposta, o ex-presidente reconhece que tem preocupação com a possibilidade de atentados e diz ainda que o “povo brasileiro vai dar um golpe nesse país e vai restabelecer a democracia”.
“Veja, todo mundo sabe o tipo de político que é o Bolsonaro. Um cidadão que não é capaz de fazer um gesto para a educação, um cidadão que não é capaz de fazer um gesto para combater a pandemia e a Covid, até hoje ele não acredita na vacina, até hoje ele acha que a Covid era uma gripezinha, até hoje ele não foi solidário a nenhuma criança, nenhum velho, nenhuma pessoa que morreu de Covid, um presidente que não gosta de sindicato, um presidente que não gosta de mulheres, um presidente que não gosta de quilombolas, não gosta de negros, não gosta de estudantes”, disse Lula.
“A pergunta que eu faço é a seguinte: ele só gosta de violência? O negócio dele é a relação dele apodrecida com uma parte dos milicianos desse país, que, quem sabe, foram os que mataram a Marielle, que ontem completou aniversário da morte dela. Então eu tenho preocupação, eu tenho preocupação [com uma possível tentativa de assassinato], mas como eu sou uma pessoa de muita fé, de muita crença, eu sinceramente acho que o vai acontecer é que o povo brasileiro vai dar um golpe nesse país e vai restabelecer a democracia”.
Com informações da UOL